Bêbado, padre atropela e mata homem em rodovia

O padre Jair Ferreira Julião, 60, de São Paulo, atropelou e matou o auxiliar de cozinha Alexsandro Rodrigues do Amaral, 39, na noite de domingo (17), na Rodovia Jornalista Francisco Aguirre (SP-101), em Monte Mor, segundo a Polícia Civil. O teste de bafômetro apontou 0,36 miligramas de álcool por litro de ar exalado, comprovando embriaguez. A vítima, que tentava atravessar a pista próximo a uma passarela, morreu no local. O padre foi preso, mas pagou fiança de R$ 5 mil e responderá ao caso em liberdade.
O padre, que é da Congregação Missionários Xaverianos, trafegava na altura do Jardim Paulista, por volta das 18h30, quando acertou o auxiliar, segundo a Polícia Civil. A princípio, ele não socorreu a vítima, mas após cerca de 12 quilômetros parou em uma praça de pedágio e informou o ocorrido, ainda de acordo com a corporação.
O auxiliar de cozinha estava com um amigo e ambos tentaram atravessar por baixo da passarela, informou a corporação. O amigo foi primeiro e conseguiu chegar do outro lado, mas Amaral, que é de Campinas, acabou atropelado pelo Uno que o padre dirigia, afirmou a polícia.
De acordo com o monsenhor da Arquidiocese de Campinas, Rafael Capelato, o sacerdote viajou para Monte Mor para rezar missas a pedido de outro padre, que passou por uma cirurgia e está afastado. Segundo Capelato, a congregação de Julião não faz parte da arquidiocese.
"Se o superior dele avaliar como necessário, ele pode ter alguma penalidade sem sombra de dúvida. Não creio que chegaria ao extremo de uma demissão do estado clerical, mas ele poderia ser submetido de alguma medida corretiva. Mas quem tem que decidir isso é o superior (...) Acho até que o problema maior é não ter prestado socorro à vítima", afirmou o monsenhor.
"Primeiro temos que avaliar os fatos. Vamos fazer um relatório e depois vamos arcar com a responsabilidades", afirmou o padre responsável pela Congregação Missionária Xaverista, que pediu para não ser identificado. Ele disse, ainda, que Julião está na casa de amigos e que não havia possibilidade de entrar em contato com ele.