Católicos lançam ofensiva contra aborto e dizem que salvaram 30 durante 2012 em MS

Igreja Católica tem outro trabalho chamado projeto Raquel que ajuda às mulheres que abortaram a superar o trauma pós-aborto

  • Midia Max

Desde que foi criado pela Igreja Católica há cerca de dez anos o serviço de Disk Aborto de Campo Grande já salvou muitas vidas na Capital, apenas em 2012, 30 crianças puderam nascer depois que procuram o serviço, informou nesta segunda-feira (30) o arcebispo da Capital Dom Dimas Lara Barbosa durante coletiva de imprensa da Semana Nacional da Vida, que começa amanhã e vai até dia 7 de outubro, em todo o país.

Ele explica que a Igreja busca por meio do serviço orientar as pessoas que o procuram, além de fornecer assistência médica e acolhimento, bem como, no caso de meninas carentes, doações de cestas básicas e até enxoval completo para que as futuras mamães possam ter o bebê.

“As mães quando chegam aqui, elas vêm pensando em abortar. Tanto que nos jornais anunciamos: gravidez indesejada? Procure-nos! A ideia é trazer essa mulher que quer tirar o filho e quando ouvir o que temos a dizer fazer com que ela desista. Quem aceita nos ouvir e começa a fazer os exames a se cuidar, na hora que ouve o coraçãozinho do bebê desiste. Dificilmente a mulher continua querendo abortar depois de ouvir o coração”, enfatiza.

O programa, inclusive, já ficou na mira do Ministério Público. Rindo, Dom Dimas conta que uma vez uma funcionária do MP ligou e foi até o endereço indicado, que funciona, aparentemente, como uma clínica clandestina para investigar o que acontecia ali. E só depois, lá dentro viu que se tratava do programa de auxilio contra aborto.

“A funcionária chegou para denunciar todo mundo e ai viu do que se tratava”, conta.

Além deste programa, a Igreja Católica tem outro trabalho chamado projeto Raquel que ajuda às mulheres que abortaram a superar o trauma pós-aborto. O nome faz referência a personagem bíblica Raquel que perdeu os filhos durante a matança que Herodes provocou para evitar que o filho prometido de Deus vivesse.

Neste projeto, que deve chegar a Campo Grande no próximo ano, Dom Dimas explica que as mulheres são acolhidas de forma que se sintam amadas e superem a síndrome pós-aborto.

Questionado sobre as críticas dos defensores à descriminalização do aborto, Dom Dimas diz que a morte não escolhe classe social. Mas, concorda que as mulheres mais pobres, evidentemente, têm muito mais dificuldade em ter acesso a uma clínica especializada, mesmo que clandestina, para que faça o procedimento em sigilo, e com menos risco de morte. E para atingir exatamente essas mulheres que precisam de apoio que a Igreja trabalha que menos vidas se percam devido a uma interrupção forçada.