'Ele estava de saco cheio de ficar no hospital', revela filho de Oscar Schmidt

Felipe fala da emoção do pai, que passou 21 dias internado por conta de uma arritmia

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Ao entrar em casa na segunda-feira, jantar com a esposa, os filhos e dormir em sua cama, Oscar Schmidt realizou aquilo que mais desejava nas ultimas semanas. Após 21 dias de internação no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em razão de uma arritmia cardíaca, o Mão Santa recebeu alta, para alívio dos fãs e de sua família. Felipe Schmidt, filho mais velho do ex-jogador, relatou o alívio que o pai sentiu ao voltar para casa.

- Ele estava de saco cheio de ficar no hospital e queria muito dormir em sua cama. Quando voltamos, fizemos um programa típico de família mesmo: jantamos e ele foi dormir. Só queremos ficar ao lado dele. Vamos ver os jogos de futebol americano, que ele adora, e os jogos de basquete da NBA e do NBB - contou Felipe, de 28 anos (Sthephanie, três anos mais nova, completa o casal de filhos).

Na última segunda-feira, Oscar havia divulgado um comunicado para negar os boatos de que estaria em coma. Em 2011, o ex-jogador foi diagnosticado com um câncer no cérebro. E, apesar de os médicos garantirem que este problema não tinha relação com a arritmia, as três semanas em que passou no hospital levantaram suspeita sobre uma possível piora em seu estado de saúde.

- Tudo o que ele queria era voltar para casa. Vamos seguir cuidando dele e o tratamento para aquele problema (contra o câncer no cérebro diagnosticado em 2011) será feito em casa - disse Felipe.

Eterno camisa 14 da seleção brasileira, Oscar representou o Brasil em 326 jogos e obteve o total de 7.693 pontos. No decorrer de toda a sua carreira, o atleta somou a incrível marca de 49.703 pontos e se tornou o recordista mundial (extraoficial, pois não havia súmulas de todos os seus jogos realizados no Brasil), superando o americano Kareem Abdul-Jabbar.

O Mão Santa encerrou sua carreira aos 45 anos jogando pelo Flamengo. Antes de dar adeus às quadras, Oscar realizou um antigo sonho e atuou junto com Felipe (foram dez jogos oficiais ao todo). O filho, no entanto, não seguiu no basquete. Ele foi morar nos Estados Unidos, onde se formou em cinema, e virou diretor de vídeo clipes, documentários, curtas e longas metragens.

Nos EUA, como ele mesmo conta em detalhes, os trabalhos estavam em ritmo intenso. Mas a doença de seu pai o fez retornar ao Brasil. Atualmente, junto com Rafinha Bastos (ex-apresentador e repórter do CQC), Felipe está desenvolvendo a estrutura para gravar um longa metragem sobre a carreira de Oscar.

- Gosto muito do basquete, mas agora só jogo pelada. Não dava para conciliar com estudos e depois com o trabalho. Lá em Los Angeles estava demais. Era muito trabalho, principalmente ligado à área de vídeo clipes. Quando voltei, como não tinha contatos, tive que começar do zero. Agora, está começando a melhorar - comentou Felipe.