Filmes legendados 'somem' dos cinemas em Campo Grande e clientes reclamam no Facebook

Um dos cinemas disse em sua defesa que campo-grandense tem o hábito de rejeitar os legendados

  • Midia Max

Com 800 mil habitantes, Campo Grande possui apenas dois cinemas funcionando que, juntos, somam aproximadamente 30 salas. Além da limitação, os clientes também reclamam que a maioria dos filmes exibidos são dublados, e muitos sequer chegam a entrar em cartaz. Em um dos estabelecimentos, a justificativa foi o ‘hábito do campo-grandense’ que rejeitaria os legendados.

Não é bem o que as reclamações nas redes sociais mostram. Nenhum dos dois cinemas confirma a realização de uma pesquisa.

“Diz uma conhecida minha que perguntou em um dos cinemas e os funcionários disseram que foi feita uma pesquisa e que os campo-grandenses preferem filmes dublados. Eu não sei da procedência dessa informação e nem se essa pesquisa realmente existiu ou não, mas o fato é que não é a primeira vez que isso acontece e estou ficando desesperada com a possibilidade dos filmes legendados irem diminuindo cada vez mais”, relatou a acadêmica de Jornalismo, Raquel de Souza, no Facebook.

No Cinemark, a gerência informou que não pode oferecer nenhuma resposta pela unidade regional da empresa e que a programação do que entra em cartaz é definido pela Central localizada em São Paulo. Já os representantes da Administração do Cinépolis não poderam ser localizados. Os dois cinemas indicam telefones na Internet onde o cliente não consegue ter canais de reclamação ou atendimento.

“Não sei se fizeram realmente uma pesquisa, ou se apenas se baseiam em números de pagantes em salas dubladas e legendadas, mas uma coisa é fato: filme legendado tem seu público fiel, cativo. Eu não assisto filme dublado, não gosto das dublagens feitas (que me desculpem os dubladores, hehe), e creio que muita gente gosta do legendado pela fidelidade ao som original, e pelo conteúdo da conversa na língua nativa, que muita s vezes perdem a graça ou sentido quando dublados”, reclama o músico, Gilvan de Marco Coutinho na mesma página de reclamações da Rede Social, o ‘Aonde não ir em Campo Grande’.