Gravidez deixa memória mais afiada, diz estudo

"Baby brain" é termo inglês usado para descrever a possibilidade de a gravidez ou a maternidade precoce danificar a memória e a rapidez de raciocínio de uma mulher. No entanto, segundo uma pesquisa canadense publicada no periódico Hormones and Behavior, as futuras mamães têm a mesma capacidade de memória das outras mulheres, inclusive podem até ter uma capacidade maior se não estiverem deprimidas.
Os estudiosos da University of Western Ontario explicam que é como se o cérebro recebesse uma super carga na massa cinzenta para acostumar quem espera um bebê às mudanças que virão com a maternidade.
Para chegar a essa conclusão, 54 mulheres de idades similares e estilo de vida semelhantes foram submetidas a uma bateria de testes para a memória: metade delas estavam grávidas, enquanto a outra metade não tinha filhos.
Os dois grupos mostraram resultados similares nos testes, mas quando foram excluídos dos cálculos aquelas grávidas que mostraram sinais de depressão, o grupo de gestantes tiveram, de fato, performances ainda melhores, em particular para a memória de trabalho, que utilizamos cotidianamente para manter a mente em uma coisa enquanto fazemos outra.
A pesquisadora Elisabeth Hampsom explica que quando uma mulher não está deprimida, os hormônios da gravidez podem modificar a química do cérebro para melhorar a memória.
Segundo ela, isso estaria em sintonia com a ideia de que o cérebro frequentemente se religa durante a gravidez para preparar-se para a maternidade. O próximo passo será entender se o que foi observado na gravidez continua depois durante a vida de mãe.