IBGE mostra que rebanho de bovinos do país cresceu menos em 2011

Rebanho brasileiro é o segundo maior do mundo, perdendo apenas para a Índia, onde os bovinos não são comerciais

  • Famasul

A população brasileira de bovinos alcançou 212,8 milhões de cabeças em 2011, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um crescimento de 1,6% em relação a 2010, quando havia 209,5 milhões de animais. A alta, no entanto, ficou abaixo da registrada no ano anterior, de 2,1% em relação a 2009.

Segundo o IBGE, o rebanho brasileiro é o segundo maior do mundo, perdendo apenas para a Índia – onde os bovinos não são comerciais. Na produção de carne bovina, no entanto, o Brasil perde para os Estados Unidos, “o que evidencia a eficiência produtiva daquele país neste setor”, diz o instituto na pesquisa. A produção per capita de carcaça bovina brasileira ficou em torno de 35 kg/habitante/ano.

Entre os estados, Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do país, equivalente a 13,8% do total, seguido por Minas Gerais, com 11,2%; Goiás, com 10,2%; e Mato Grosso do Sul, com 10,1%. São Félix do Xingu, no Pará, no entanto, era o município com o maior número de animais, ou 1,0% do efetivo nacional, seguido por Corumbá (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS).

Produção de leite

Em 2011, a produção total de leite foi de 32,091 bilhões de litros, com uma alta de 1,3% no número de vacas ordenhadas na comparação com o ano anterior, e um crescimento de 4,5% na produção do produto.

Mas o instituto aponta que a eficiência da produção de leite brasileira, de 1.382 litros anuais por vaca, é baixa, sendo superada “em muito” pelas obtidas pela União Europeia (5.978 litros/vaca/ano), Estados Unidos (5.710 litros/vaca/ano), China (4.166 litros/vaca/ano) e Índia (1.973 litros/vaca/ano). Ainda assim, o Brasil ocupou, em 2011, a sexta posição mundial na produção de leite, por possuir o terceiro maior número de vacas em lactação do mundo.

“Ressalta-se, no entanto, que esta produtividade é bastante variável em nível nacional, desde 309 litros/vaca/ano, em Roraima, a 2.536 litros/vaca/ano no Rio Grande do Sul”, diz o IBGE.

Búfalos, porcos e frango

O efetivo de bubalinos, no ano de 2011, foi de 1,277 milhão de cabeças, uma alta de 7,8% em relação ao ano anterior. A maior parte está concentrada nas regiões Norte e Nordeste, com o estado do Pará, sozinho, tendo 38% do total do país, seguido por Amapá (18,4%) e Maranhão (6,5%).

Em 2011, o Brasil possuía o quarto maior rebanho mundial de suínos, ficando atrás da China, da União Europeia e dos Estados Unidos (LIVESTOCK, 2011). O país destacou-se também na produção de carcaça de frangos, ocupando a terceira posição mundial, atrás dos Estados Unidos e da China. A produção de carcaça per capita ficou em torno de 59 kg/habitante/ano.

Líder da Frente Parlamentar Ambientalista, o deputado Sarney Filho (PV-MA) considera que o processo inteiro de mudança do Código Florestal teve erros e implicou a diminuição da preservação dos biomas. No entanto, o deputado avalia que, ao vetar alguns pontos da MP, a presidente Dilma Rousseff sinalizou que a política de preservação e regularização ambiental terá que ser cumprida.
A legislação afrouxou, mas agora, com esses vetos, a presidente sinalizou que o governo não vai abrir mão da política de preservação do nosso capital ambiental, que são nossos biomas – defendeu.

Além de mexer na "escadinha" para recomposição florestal, Dilma Rousseff vetou a possibilidade de recuperação de margens de rios com árvores frutíferas. Foi mantida a possibilidade de plantio intercalado de espécies exóticas com nativas em até metade da área a ser recomposta.

A presidente vetou, ainda, a obrigatoriedade de recomposição de apenas cinco metros de vegetação nativa em rios temporários de até dois metros.