Laboratório descarta vírus da febre amarela em mosquitos no norte de MS

O IEC (Instituto Evandro Chagas) descartou a presença do vírus da febre amarela em mosquitos coletados em Aparecida do Taboado depois que a morte de quatro macacos foi registrada. O laboratório, que fica em Belém (PA), fez os testes nos mosquitos porque devido ao avançado estado de decomposição, não foi possível coletar material dos mamíferos para exames.
Houve a suspeita de que os animais teriam morrido de febre amarela por causa da proximidade da região do bolsão com Estados onde já foram registrados casos da doença.
Mauro Lúcio Rosário, da Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores, voltou a afirmar que Mato Grosso do Sul não corre risco de enfrentar surto de febre amarela, como o registrado em outras localidades, principalmente leste de Minas Gerais. Mas, casos como o que ocorreu em Aparecida do Taboado têm de ser relatados e monitorados.
O coordenador garante ainda que nenhum outro caso suspeito de febre amarela em animal foi registrado no Estado até agora.
Sem notificações - O caminhoneiro de 39 anos que passou por Mato Grosso do Sul e depois apresentou sintomas de febre amarela em Blumenau (SC), cidade onde mora, não teve a doença.
O caso estava sendo investigado pela Vigilância Epidemiológica do município catarinense, e no início de fevereiro, exames laboratoriais descartaram contaminação com o vírus causador da doença, havendo a confirmação de que na verdade ele teve leptospirose.
O Ministério da Saúde chegou a colocar Mato Grosso do Sul na lista de unidades da federação com notificações de febre amarela, mas depois tirou o Estado, antes dos resultados dos exames feitos no paciente ficarem prontos.
O homem teve leptospirose na verdade, doença que é causada por uma bactéria e não vírus.
De início, o Ministério da Saúde notificou o caso para Mato Grosso do Sul, pois o caminhoneiro passou oito dias no Estado – de 25 de dezembro a 2 de janeiro – e esteve em Bonito onde há várias áreas de matas.
Ele também esteve em São Paulo antes de voltar para Blumenau e ficar doente, em meados de janeiro.
O lapso de tempo entre a saída do paciente do Estado e quando apresentou os sintomas já havia quase descartado que o possível contato com o vírus teria sido aqui. Isso porque o período de incubação da doença – intervalo entre a picada do mosquito e o aparecimento dos sintomas – é de três a seis dias.