Mesmo com novos parâmetros, Dourados tem 4 casos de microcefalia
Medida de referência passou de 33 cm para 32 cm

Uma redução de 1 centímetro no diâmetro do crânio do recém-nascido, determinada pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (7), excluiu cinco, dos nove bebês de Dourados, da suspeita de microcefalia. Um dos fatores que pode determinar se a criança tem ou não a doença, é o tamanho da cabeça da criança ao nascer, e até ontem o valor de referência era de 33 cm, mas com adoção dos parâmetros da OMS (Organização Mundial de Saúde), o tamanho do crânio diminui para 32 cm.
Conforme a Secretaria de Saúde do Estado, dos nove casos registrados em Dourados entre novembro e dezembro deste ano, pelo menos cinco se encaixavam na antiga referencia de 33 cm, que agora é considerada normal pelo ministério.
Dos outros quatro casos registrados, um está ligado a sífilis, e três ainda estão sendo investigados, para apurar possível relação com o zika vírus.
O secretário de Saúde de Dourados, Sebastião Nogueira, tentou amenizar a situação, destacando que nenhuma das mães apresentaram algum sintoma relacionado a doença, ou mesmo a dengue, e reforçou que a microcefalia é motivada por diversos fatores, como uso de drogas e bebidas durante a gestação, além de diversas doenças, como toxoplasmose, que também podem causar má formação no feto.
Ainda segundo a secretaria, o informe epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (8) ainda traz os nove registros, porque quando os dados foram solicitados para o Estado, as medidas ainda eram de 33 cm, mas na próxima semana, o número deve ser corrigido.
O órgão nacional explicou a mudança, alegando que o perímetro cefálico (PC) varia conforme a idade gestacional do bebê, ou mesmo por características étnicas e genéticas da população. Assim sendo, 33 cm ainda é considerado normal para os parametros brasileiros.
Entre o total de casos, foram notificados 19 óbitos suspeitos, sendo 17 em estados da região Nordeste (Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e 2 no Rio de Janeiro.