MPE pede prisão de Olarte e Amorim e afastamento de 17 vereadores

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Afastado do cargo de prefeito, Gilmar Olarte agora corre risco de ser preso (Campo Grande News)
Afastado do cargo de prefeito, Gilmar Olarte agora corre risco de ser preso (Campo Grande News)

O MPE (Ministério Público Estadual) entrou com pedido de prisão do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP) e do empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco, e o afastamento de 17 vereadores. A decisão está nas mãos do desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva, onde tramita os casos referentes a Operação Coffee Break, que apura esquema para cassar o prefeito Alcides Bernal (PP), ocorrido em março de 2014.

No Tribunal de Justiça e no MPE ninguém dá detalhes do pedido, mas o Campo Grande News obteve a informação que os pedidos de prisão são do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP) e do empreiteiro João Amorim. E os afastamento dos vereadores que votaram pela cassação de Bernal e continuam na Câmara. São eles: Carla Stephanini, Edil Albuquerque, Vanderlei Cabeludo e Paulo Siufi (do PMDB), Edson Shimabukuro (PTB), Eduardo Romero, Flávio César e Otávio Trad (todos do PT do B), Gilmar da Cruz (PRB), Delei Pinheiro, Chiquinho Teles, Coringa (do PSD), Airton Saraiva (DEM), Carlão (PSB), Dr Jamal (PR), João Rocha (PSDB) e Chocolate (PP).

O advogado do empreiteiro João Amorim, Benedicto Arthur de Figueiredo Neto não foi encontrado hoje para falar sobre o assunto. Mas na última sexta-feira, diante dos “boatos” do pedido de prisão, ele havia entrado com recurso no TJ, solicitando que a prisão não fosse decretada, alegando que ela seria “despropositado e desnecessário”.

Para o advogado de Gilmar Olarte, Jail Azambuja, mais uma vez a questão está tendo conotação política. “Não há motivo jurídico para decretar a prisão do prefeito que está afastado do cargo. Não tem como interferir nas investigações, é mais um ato de violência. Mais uma vez está se usando processo judicial para atingir objetivos claramente políticos”.

Já o advogado Newley Amarilla, que defende o presidente da Câmara Municipal, Flávio César, afirma que embora ainda não tenha informação oficial de tal pedido, considera desnecessário o afastamento dos vereadores, tendo em vista que não existem provas concretas ainda sobre o envolvimento deles no afastamento do prefeito Alcides Bernal.

Amarilla acredita que o desembargador não deverá dar nenhuma decisão sem antes ouvir os vereadores. “É o princípio da presunção da inocência”, afirma. Para o advogado, também foi injustificado afastamento do presidente Mário César (PMDB), já que ele não teria como interferir no andamento do processo. “A Câmara é um órgão colegiado, não tem como interferir. Além disso, achar isso sobre uma situação que ocorreu há um ano e meio é forçar muito a barra”, afirmou, ao lembrar que as acusações estão fundamentadas basicamente em escutas telefônicas.

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