Mulher é detida após desacatar ordens em hospital

Uma mulher de 42 anos residente em Caarapó foi detida pela Polícia Militar de Caarapó na noite de quarta-feira acusada de ter desacatada ordens no Hospital Beneficente São Mateus e também de autoridades policiais.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, por volta das 22h50 de ontem a PM foi acionada para averiguar um possível desacato aos funcionários do Hospital Beneficente São Mateus.
Os militares conversaram com uma testemunha que trabalha no local, a qual relatou que a mulher – que não teve o nome revelado - não havia atendido a solicitação de se retirar do quarto do hospital, onde estava internada uma criança recém-nascida e sua mãe, neta e filha respectivamente da autora, já que não poderia estar ali, pois a criança já teria um acompanhante.
A mesma testemunha afirma ainda que no domingo (25), a mesma mulher já teria se negado a se retirar do local, quando haviam feito o mesmo tipo de solicitação e que ela teria retirado a criança recém-nascida do hospital sem alta médica, colocando em risco a saúde da criança, e que o fez após uma série de desacatos aos funcionários, ameaçando-os com os dizeres "eu vou enforcar cada um de vocês".
Não satisfeita a mulher dirigiu-se ao médico de plantão exigindo do mesmo um encaminhamento, o que foi negado pelo fato de a paciente não estar de alta médica, momento em que começou a proferir ameaças e xingamentos do tipo "você vai me pagar vou matar todos vocês", acabando por deixar o hospital com a recém-nascida tomando rumo ignorado, retornando ao hospital somente na terça-feira (27), onde novamente a criança foi internada.
Já nesta quarta-feira, a mulher continuou a prejudicar o serviço dos funcionários, e que por isso entraram em contato com o Conselho Tutelar para se informar se havia necessidade da presença da avó (autora) como acompanhante, pois a mãe da paciente é menor de idade.
Diante da negativa, as enfermeiras de plantão solicitaram que a mulher se retirasse do local, o que não foi atendido, sendo necessário o acionamento da Polícia Militar. Os militares deram ordem a autora para que a mesma acatasse o pedido das funcionárias e se retirasse do local. Mas ao fazê-lo a mesma desobedeceu dizendo que "só saio daqui algemada”, opondo-se a uma ordem legal.
Diante do ocorrido, foi dada a voz de prisão, sendo necessário o uso proporcional da força, já que a autora ofereceu resistência física, sendo também necessário o uso de algemas, para salvaguardar a integridade física da autora bem como dos componentes da equipe policial, e de terceiros que se encontravam pelo local, pois a mesma estava visivelmente transtornada.
Ainda consta no BO que durante o ocorrido a mesma proferiu palavras de ofensas a guarnição (velho, desgraçado, satanás).
Na delegacia, um filho da mulher relatou que sua mãe faz uso de remédios controlados. Ela foi encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil sem lesões corporais para as providências cabíveis.