Nova espécie é encontrada na região da Amazônia

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Considerados dóceis, brincalhões e espertos, os golfinhos permeiam a imaginação das crianças e dos adultos. Nos Estados Unidos, por exemplo, o parque aquático Miami Seaquarium tem estes animais entre as suas principais atrações e como preferidos dos visitantes.

Também conhecido como delfim, estes animais são mamíferos, vivem no mar e conseguem mergulhar atingindo grande profundidade. A sua alimentação é bastante simples, uma vez que os camarões, as lulas e os peixes são indispensáveis em seu cardápio. É necessário ressaltar que os golfinhos possuem aproximadamente 80 a 100 dentes em cada maxilar, no entanto, durante a alimentação não há mastigação. Eles engolem a sua presa inteira e o estômago cuida de finalizar o processo de ingestão.

Com a sensibilidade auditiva bastante aguçada, esses espertos animais não possuem orelhas e sim dois orifícios que ficam bem próximos aos olhos. O som emitido por eles é bastante peculiar e serve como parâmetro para a sua localização. Eles costumam nadar em grupos com animais de ambos os sexos, seus membros dianteiros são duas nadadeiras e a sua necessidade de respiração faz com que eles nadem até a superfície do mar.

Existem quatro diferentes espécies de delfins de água doce. Entretanto, este número pode aumentar, visto que um grupo de cientistas identificou um novo gênero que habita os rios desde o fim da 1ª Guerra Mundial. Encontrado na bacia do Rio Araguaia, localizado na região da Amazônia, esta nova espécie recebeu o simpático nome de Araguaia, em referência ao local em que foi encontrado. O nome científico dado ao novo golfinho é Inia Araguaiaensis.

Esta descoberta se torna muito interessante porque, segundo os pesquisadores, os golfinhos de água doce são as criaturas mais raras do planeta. O artigo publicado na revista “Plos One” revela que o animal se separou das outras espécies que habitam os rios da América do Sul. Estima-se que o número de golfinhos Araguaia esteja em torno de mil na região, mas eles já foram considerados pelos cientistas como vulneráveis no que se refere à preservação. O texto do artigo sinaliza que “desde a década de 1960 a bacia do rio Araguaia tem sofrido a pressão causada pela presença humana, com o desenvolvimento de indústrias, agricultura e pecuária e a construção de hidrelétricas, que têm efeitos negativos sobre o ecossistema.”

Lenda

Os golfinhos também fazem parte da cultura popular brasileira. O boto cor-de-rosa é a espécie que está presente nas histórias e canções típicas de região Norte. Segundo a lenda, o boto sai do rio durante às noites de festa junina para seduzir jovens mulheres desacompanhadas. Vestido com uma roupa social branca e um chapéu que disfarça o nariz grande, o boto encanta as moças, levando-as para o fundo do rio para engravidá-las. Ao amanhecer se transforma novamente em boto. Esta curiosa e divertida lenda serve para justificar os filhos fora do casamento.

No litoral brasileiro também encontramos golfinhos. Entre os roteiros mais conhecidos estão:

– Baía dos Golfinhos, em Santa Catarina.
– Baía Formosa e Praia do Curral, no Rio Grande do Norte (Praia de Pipa)
– Fernando de Noronha (Pernambuco)
– Ilha do Cardoso, em São Paulo
– Ilha do Superagui, Paraná

Curiosidades

Os golfinhos são considerados animais com um significativo poder de cura e cicatrização. A regeneração dos seus tecidos acontece em poucas semanas.

Os golfinhos dormem com a metade do cérebro de cada vez.

Eles possuem a pele lisinha com rugas microscópicas que agilizam a natação e evitam que os parasitas consigam se fixar.