Para cuidar da filha com câncer, mãe vende casa e gasta todo o dinheiro com tratamento

O amor que uma mãe sente por um filho não tem medida e muito menos valor. Para poder ver a filha voltar a sorrir, Roseney Martins de Campos, de 31 anos, vendeu até uma casinha que tinha no bairro Cidade de Deus, em Campo Grande, para pagar o tratamento de Layssa Yasmim Martins de Souza, de 8 anos, que está com câncer.

A caçulinha da família – Roseany tem outros quatro filhos, com 9, 12, 13 e 15 anos – estava bem, saudável, como qualquer outra criança até novembro do ano passado. A mãe diz que em julho de 2013 ela até brincou na festa julina.

Mas passados 4 meses do tradicional festejo, a menina começou a falar errado, a trombar nos objetos, e a cair do nada. Ela também reclama de dores de cabeça. “Ela estava bem. Saudável. Quando de repente começou a enrolar tudo que falava e o quadro foi se agravando”, diz a mãe.

Foi quando eles procuraram um médico e depois de alguns exames descobriram que a menina tinha um tumor e hidrocefalia. A partir daí começou o tratamento, que dura ainda hoje. “Primeiro fizemos os exames e não deu nada. Mas como estava com a coordenação motora muito alterada ela foi transferida para Campo Grande e no dia 26 de novembro, fez uma tomografia e detectou o tumor e a hidrocefalia”, conta.

Depois disso, a menina passou por várias cirurgias. A primeira foi para pôr a válvula permanente para drenar a água, a segunda para retirar o tumor. Nesta intervenção, Layssa sofreu uma paralisia no lado direito do corpo e no pulmão, o que levou a fazer nova cirurgia. Desta vez foi uma traqueostomia. “Ela não conseguia sair dos aparelhos. Ficou 19 dias na UTI e tiveram que fazer uma traqueostomia para sair dos aparelhos. Depois ficou frouxa e teve que fazer outra mais ajustada para evitar pneumonia”, diz a mãe.

Este difícil intervalo durou três meses, onde a menina ficou internada na Santa Casa de Campo Grande. Depois foi liberada e levada para casa. Mas os cuidados especiais custam caro, e a família então vendeu a casinha para bancar o tratamento. “Posso dizer que gastei todo o dinheiro da casa para cuidar da minha filha”, diz a mãe.

Agora, após 32 sessões de radio, eles têm esperança, e muita, mas muita fé, diz a mãe, que as sessões de quimioterapia apresentem bons resultados. O tratamento está sendo feito SUS (Sistema Único de Saúde), mas a mãe pede ajuda para poder fazer alguns exames na rede particular e evitar a espera na fila de exames. “A médica passou vários exames e a gente gostaria que fosse mais rápido para marcar”, conta.

O leite especial que a menina toma, custa R$ 47 cada lata e será custeado a partir de agora pela Prefeitura. Roseany disse que após ajuda de várias pessoas a Prefeitura fez um acordo com a Justiça e vai bancar esse custo. “Graças a Deus, porque estava difícil”, diz.

Quem puder ajudar a família ou quiser saber mais sobre o caso entre em contato pelo telefone (67) 9830-3648.