PMA deflagra operação Padroeira para combater o tráfico de animais

Os comandantes das 25 subunidades empregarão todo o efetivo no trabalho de fiscalização em suas respectivas áreas de atuação

  • Assessoria

A Polícia Militar Ambiental (PMA-MS) deflagra, a partir de hoje (10), às 12 horas, com encerramento no dia 15 de outubro, às 8 horas, a Operação “Padroeira do Brasil”, contando com 80% do seu efetivo que é de 355 homens.

No mês de outubro é comum a Polícia Militar Ambiental manter o patrulhamento reforçado nos rios, em razão de ser, normalmente, o último mês de pesca aberta, fator que eleva o número de turistas de fora e da população do Estado nos rios praticando pesca.

Com o feriado prolongado, a fiscalização, que já está sendo efetuada com bastante intensidade, inclusive com vários pescadores presos, nos últimos dias, será dobrada, no intuito de se prevenir a pesca predatória. Os comandantes das 25 subunidades empregarão todo o efetivo no trabalho de fiscalização em suas respectivas áreas de atuação.

Prevenção e Repressão ao Tráfico de Papagaios

Outros crimes ambientais serão combatidos, em especial o tráfico de animais silvestres, em virtude deste período crítico relativo ao tráfico de papagaios. “Este é um período preocupante para a PMA com relação ao tráfico de animais silvestres, pois, de setembro a dezembro é o período de reprodução do papagaio que é a espécie mais traficada no Estado. Neste período, a PMA realiza trabalhos preventivos nas propriedades rurais, por meio de informação da legislação e Educação Ambiental, visto que a atuação dos traficantes é de aliciamento dos sitiantes e funcionários de propriedades rurais, para que retirem os animais e os avisem para que os comprem. Muitas pessoas fazem isto, às vezes, sem saber que estão cometendo crime ambiental”, alerta o tenente-coronel QOPM Carlos Sebastião Matoso Braga, Comandante do 15º BPMA-MS.

A região principal do problema e local, onde a PMA efetuou as duas apreensões de papagaios deste ano, é a situada nos municípios de Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Três Lagoas, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina e Brasilândia, além de Naviraí e Mundo Novo.

As Sub-Unidades da PMA que cobrem estas áreas estarão diuturnamente monitorando o movimento dos traficantes. Em princípio, para evitar que as aves sejam retiradas e, para reprimir prendendo os elementos, quando não é possível evitar a retirada dos bichos.

Serão desenvolvidas também barreiras e combate ao desmatamento e outros crimes contra a flora e carvoarias irregulares e caça ilegal, com visitas às propriedades rurais.

Cinco equipes da sede (Campo Grande) estarão itinerantes, em fiscalização em área não definida, verificando todos os tipos de crimes e infrações ambientais, em contato com as equipes de rios, para a movimentação de presos e materiais para as delegacias, caso aconteçam prisões em flagrante. Efetivo da sede e de outras subunidades está sendo deslocado para a área crítica do tráfico de papagaio.

O Comando da PMA alerta às pessoas que se utilizem dos recursos naturais dentro do que permite a legislação, pois as penalidades administrativas e criminais são severas. As multas podem chegar a R$ 50 milhões e as penas criminais, até cinco anos de reclusão.