‘Soja e milho terão perspectivas favoráveis em 2014’, afirma consultor

A proposta é debater pontos ligados ao desenvolvimento da atual safra das duas culturas

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O Brasil é hoje o maior exportador mundial de soja em grãos, liderança conquistada em 2013, com 46 milhões de toneladas embarcadas principalmente para a China.

No milho, o Brasil ocupou pela primeira vez a liderança das exportações no ano passado, devido à grande quebra de safra nos Estados Unidos.

Atualmente, o País é o segundo maior exportador, atrás apenas do país norte-americano, com 21 milhões de toneladas.

Por causa dessa representatividade nos diferentes mercados, a TECNOSHOW COMIGO 2014 abrirá espaço em sua programação no dia 9 de abril, às 14 horas, no Centro Tecnológico COMIGO (CTC), em Rio Verde (GO), para discutir as perspectivas para os mercados domésticos e internacionais de soja e milho.

O tema será abordado no auditório 1 pelo consultor e sócio diretor da Agroconsult, André Pessoa.

A proposta é debater pontos ligados ao desenvolvimento da atual safra das duas culturas, abordando os principais problemas sanitários e logísticos, a atual perspectiva de conjuntura das safras na Argentina e nos Estados Unidos e as tendências de preços e perspectivas de rentabilidade para o produtor brasileiro.

O consultor adianta que para a cultura da soja, existe a perspectiva de queda nos preços internacionais no segundo semestre de 2014, mas que podem ser compensados pela taxa de câmbio no Brasil.

Já para o milho, a tendência é de leve valorização no mercado internacional e, consequentemente, preços melhores no mercado doméstico.

“No geral, as perspectivas para os dois principais grãos brasileiros são favoráveis”.

Atenção

Segundo André Pessoa, a região Centro-Oeste conquistou os títulos de principal produtor de grãos do Brasil e um dos principais celeiros do mundo, e deverá expandir a produção de soja e milho safrinha nos próximos 20 anos.

Mas para que isso ocorra, os estados que integram o Centro-Oeste precisam vencer barreiras relacionadas à logística e o resultado disso no preço dos fretes.

“O crescimento poderá ser ainda mais impulsionado com os investimentos logísticos, como a duplicação e asfaltamento da BR-163 até Miritituba no Pará, abrindo uma saída para o Norte, e os projetos de ferrovias como a FICO e Norte-Sul”, acrescenta.

Além disso, o palestrante explica que é preciso manter políticas públicas favoráveis para garantir melhor desempenho nas culturas da soja e milho no País.

“No que toca à política agrícola, a soja ocupa quase 30 milhões de hectares no Brasil com um mercado totalmente livre e desregulamentado. Essa liberdade de mercado é uma das premissas do crescimento.

No milho, temos hoje alguns instrumentos de apoio à comercialização, principalmente voltados ao escoamento da safra de Mato Grosso, que acaba limitando o crescimento da produção em outras regiões competitivas.

Esta política está amparada pelo Plano Safra com o programa de garantia de preços mínimos”, orienta.