Tumulto, brigas, prisões e gritos de vergonha marcam sessão da Câmara

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Manifestantes contra e favor de Bernal entram em confronto (Fernando Antunes)
Manifestantes contra e favor de Bernal entram em confronto (Fernando Antunes)

Sob protestos de professores e populares, os vereadores de Campo Grande fizeram uma sessão relâmpago, com aproximadamente 30 minutos, e a maioria deixou o plenário sob o grito de “vergonha”. O presidente da Casa, Mario Cesar Oliveira (PMDB), rebateu a denúncia de que o empresário João Alberto Krampe Amorim, dono da Proteco, comandou o processo de cassação de Alcides Bernal (PP).

O clima no legislativo começou tenso, principalmente, após a Polícia Federal divulgar gravações em que aponta suposta compra de votos dos vereadores para cassar o mandato de Bernal no dia 12 de março do ano passado.

Para cobrar o cumprimento da lei, que prevê o pagamento do piso, os professores distribuíram café em pó e em copinhos durante a sessão. Populares também foram protestar, o que obrigou a Câmara a reforçar a segurança com a Guarda Municipal.

Sob protestos, o presidente da Câmara abriu os trabalhos. A sessão, que geralmente demora até quatro horas, não demorou mais de 30 minutos. Só um projeto foi votado na sessão de hoje.

Mario Cesar encerrou a sessão e os manifestantes começaram a gritar: “vergonha, vergonha, vergonha!!!” Só os vereadores da oposição – Thais Helena (PT), José Chadid, Luiza Ribeiro (PPS); Cazuza (PP), Paulo Pedra (PDT) – e Chiquinho Telles (PSD), da situação, permaneceram no plenário.

O presidente da Casa rebateu a denúncia de que houve compra de votos para cassar Bernal. Em conversas gravadas pela Polícia Federal, João Amorim detalha todo o processo de cassação.

Mario Cesar contou que as gravações divulgadas foram fora de contexto e não houve compra de votos.

Cerca de 400 pessoas estavam no plenário e até trocaram empurrões e brigaram. Aliados de Bernal e defensores do prefeito Gilmar Olarte (PP) entraram em confronto e a Guarda Municipal, que mobilizou 60 agentes, interferiu e prendeu dois professores. Eles foram levados para Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Centro.

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