Companhias aéreas dos EUA proíbem transporte de troféus de caça

  • Ansa
Cabeça de leão do leste africano doada para A Explorers Club pelo ex-presidente norte-americano e caçador Theo... (AP)
Cabeça de leão do leste africano doada para A Explorers Club pelo ex-presidente norte-americano e caçador Theo... (AP)

As maiores companhias aéreas norte-americanas - Delta Airlines, United Airlines e American Airlines - anunciaram nesta terça-feira (4) que proibiram o embarque de "troféus de caça" em seus voos.

Em nota, cada empresa destacou que está proibido o envio de animais do grupo chamado "os cinco grandes": leões, leopardos, elefantes, búfalos e rinocerontes. Segundo a Delta, a única que tem voo direto entre os EUA e Johanesburgo, está em estudo também a proibição do embarque de outros tipos de animais silvestres.

A medida foi tomada após a grande polêmica envolvendo a morte do leão Cecil, no Zimbábue, pelo dentista norte-americano Walter James Palmer. O bicho era considerado um símbolo do país africano e era alvo de estudo há 11 anos da Universidade de Oxford.

Apesar da polêmica morte em julho, outras empresas que fazem o transporte intercontinental já estavam proibindo o embarque desses "troféus". Em junho, a Lufthansa Cargo proibiu o transporte dos animais, enquanto a Emirates SkyCargo realizou a proibição em maio.

Apesar da maior parte desses "prêmios" serem enviados por navios, o banimento deve afetar milhares de pessoas que praticam a caça como esporte. O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA também está investigando as ações de Palmer no Zimbábue para saber se ele participava de uma rede internacional de tráfico de animais. Já o governo africano aguarda resposta para um pedido de extradição do dentista.

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