Mutilação genital continua sendo realizada no mundo.

  • Campo Grande News

Em pleno século XXI, mais de 100 milhões de mulheres já foram submetidas à mutilação genital. Alguns países praticam a remoção total ou parcial dos pequenos e dos grandes lábios, outros removem parcial ou totalmente o clitóris e há, ainda, o estreitamento do canal vagina. A justificativa dessa prática, para além de questões religiosas e ritualísticas, é reduzir o desejo sexual feminino, e garantir que a virgindade, pré-requisito para o casamento, seja mantida.
Países como Mali, Guiné, Serra Leo, Egito, Eritreia e Somália têm índices de mutilação que atingem inacreditáveis 80% das mulheres. Apesar de o procedimento ser apontado como uma violação dos Direitos Humanos pela ONU, a prática também ocorre em alguns locais da Grã-Bretanha.

As consequências dessa mutilação vão muito além da perda do prazer sexual. Um estudo da ONU, realizado com mais de 28 mil mulheres, aponta que a retirada do clitóris pode causar complicações graves durante o parto e colocar os bebês em risco. Em seu livro, "Vagina - Uma Biografia", Naomi Wolf escreve que "é possível dizer que a vagina não é apenas um órgão sexual, mas um mediador poderoso de confiança e criatividade do sexo feminino".

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