Relíquia de 5 mil anos é achada em caixa de charutos

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Fragmentos de 5 mil anos achados em caixa de charutos na Escócia - Foto: Divulgação/Universidade de Aberdeen
Fragmentos de 5 mil anos achados em caixa de charutos na Escócia - Foto: Divulgação/Universidade de Aberdeen

Uma relíquia arqueológica de cerca de 5 mil anos, relacionada à construção de famosa pirâmide egípcia, foi achada dentro de uma pequena caixa de charutos que estava nas coleções do museu da Universidade de Aberdeen. A responsável pela descoberta foi a curadora assistente Abeer Eladany, que passou uma década trabalhando no Museu Egípcio no Cairo.

A egípcia ficou curiosa ao notar a antiga bandeira do Egito gravada na caixa. Ao abrir, ela achou fragmentos de madeira. Ao checar os registros, Abeer descobriu que ela havia encontrado preciosidades que estavam perdidas havia mais de 70 anos.

Os fragmentos têm relação com a Grande Pirâmide de Gizé, a peça central de um duradouro mistério arqueológico duradouro. Eles são parte do trio de itens bastante valiosos conhecido como "Relíquias de Dixon", de acordo com nota publicada pela universidade nesta semana.

Dois deles, uma bola e um gancho, estão agora hospedados no Museu Britânico. Mas o terceiro item, fragmentos pertencentes a um pedaço muito maior de madeira de cedro, estava desaparecido. As relíquias foram descobertas pela primeira vez em 1872 dentro da Câmara da Rainha da pirâmide pelo engenheiro Waynman Dixon. Ele foi auxiliado por seu amigo James Grant, formado pela Universidade de Aberdeen.

Dixon ficou com a bola e o gancho, e Grant pegou o pedaço de madeira, disse a universidade na nota. Após a morte de Grant em 1895, suas coleções foram legadas à universidade, e sua filha doou um "pedaço de cedro de cinco polegadas" em 1946. Incrivelmente, os fragmentos nunca foram classificados e acabaram esquecidos.

Pequena caixa de charutos onde repousavam as relíquias arqueológicas - Foto: Divulgação/Universidade de Aberdeen
Pequena caixa de charutos onde repousavam as relíquias arqueológicas - Foto: Divulgação/Universidade de Aberdeen
"Assim que olhei para os números em nossos registros do Egito, eu soube imediatamente o que era e que estava efetivamente escondido na coleção errada", disse Abeer na nota à imprensa. "Sou arqueóloga e trabalhei em escavações no Egito, mas nunca imaginei que seria aqui no nordeste da Escócia que encontraria algo tão importante para o patrimônio de meu próprio país", acrescentou.

O processo de datação por radiocarbono revelou que os fragmentos são de cerca de 3341-3094 AC - séculos antes da construção da Grande Pirâmide. A Universidade de Aberdeen afirmou que as restrições provocadas pela pandemia de Covid-19 atrasaram a datação dos fragmentos. O maior pedaço de madeira de onde se originou, ainda dentro da Grande Pirâmide, foi visto mais recentemente por uma câmera robótica em 1993 e agora está inacessível.

Isso sugere que as relíquias encontradas por Abeer são originais da construção da Grande Pirâmide, em vez de terem sido deixadas por aqueles que estavam dentro da Pirâmide já concluída.


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