Velório de George Floyd vai percorrer outras cidades dos EUA e termina na terça-feira

  • Extra/Globo

A autópsia de George Floyd, o homem negro assassinado pelo policial branco Derek Chauvin, estopim para os protestos que tomam conta dos Estados Unidos há dez dias, revelou que ele havia contraído o novo coronavírus e chegou a receber o diagnóstico da doença no dia 3 de abril. Porém, não há evidências de que a doença tenha contribuído para sua morte.

Nesta quinta-feira, parentes e amigos organizaram o primeiro funeral, em Minneapolis. Segundo a emissora americana CBS, o corpo será levado a outras duas cidades para outras cerimônias: Raeford, na Carolina do Norte, cidade natal do ex-segurança, e Houston, onde ele foi criado. A última homenagem está marcada para a próxima terça-feira.

A cerimônia em Minneapolis, conduzida pelo reverendo Al Sharpton, contou com a presença do ativista Martin Luther King III, último filho vivo de Martin Luther King Jr., que lutou pelos direitos civis da população negra dos EUA em meados do século 20. Políticos e artistas também estiveram presentes, assim como o prefeito da cidade, Jacob Frey, que se ajoelhou diante do caixão.

Floyd, de 46 anos, que antes da pandemia trabalhava como segurança numa casa noturna, morreu depois que Chauvin ajoelhou-se sobre o seu pescoço por quase nove minutos, em Minneapolis, no estado de Minnesota, em 25 de maio. O vídeo da cena, na qual ele repete várias vezes que não consegue respirar, reacendeu a questão da brutalidade policial contra negros nos EUA, cinco meses antes da eleição presidencial do país.

Não há evidência de que a Covid-19 tenha contribuído para a morte de Floyd, já que ele não apresentava sintomas. O legista responsável pela autópsia concluiu que o resultado do teste “provavelmente reflete positividade assintomática, mas persistente de infecção anterior”.

A autópsia também revelou que Floyd tinha uma doença cardíaca e um histórico de problemas com pressão alta. Além disso, o relatório toxicológico apontou vestígios moderados de metanfetamina e fentanil (forte opioide usado para dor).

Houve ainda um laudo particular. A conclusão das duas autópsias, a oficial e a encomendada pela família, é de que Floyd, que estava desempregado desde março, morreu devido à pressão sobre seu pescoço.

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