Associação divulga nota de repúdio e diz que policiais foram torturados por índios

Policial militar exibiu marcas da agressão que diz ter sofrido durante o período em que foi mantido refém por... (Sidnei Bronka (94FM))
Policial militar exibiu marcas da agressão que diz ter sofrido durante o período em que foi mantido refém por... (Sidnei Bronka (94FM))

A seccional de Dourados da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul (ABSSMS) divulgou uma nota de repúdio no início da noite desta terça-feira (14) contra o ataque sofrido por três policiais militares na área de conflito fundiário em Caarapó. Segundo a entidade, eles foram torturados.

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O documento divulgado no site oficial da associação e distribuído à imprensa informa que a viatura em que estavam o cabo e dois soldados “foi cercada por um grupo de aproximadamente quinze indígenas” quando a guarnição voltava da Aldeia Te’ Ýikue, local em que deu apoio ao resgaste de índios baleados num suposto confronto com produtores rurais.

Segundo a nota, os indígenas “renderam os três policiais militares e tomaram seus armamentos e munições. Os militares foram algemados e colocados deitados com o rosto voltados para o solo”. “Segundo o relato de um dos militares, todos foram torturados com socos, chutes e pauladas. A viatura policial foi depredada pelo grupo de, aproximadamente, cinquenta indígenas”, relata a nota.

Conforme a associação, a situação só foi contornada “com a chegada de um pastor evangélico que atua na reserva indígena e que interviu em favor dos policiais militares, que ficaram em poder dos índios por cerca de duas horas”.

Confira a nota de repúdio na íntegra:

NOTA DE REPÚDIO

A Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul (ABSSMS), seccional Dourados vem, por meio desta, repudiar completamente as ações de extrema violência contra a integridade física de policiais militares ocorridas esta tarde (14) na fazenda Ivu, município de Caarapó.

Por volta das 11h, uma viatura com três policiais militares, lotados em Caarapó, deslocou até a fazenda Ivu para apoiar uma equipe do Corpo de Bombeiros em socorro aos indígenas feridos no confronto, supostamente, entre ameríndios e ruralistas.

Próximo a uma escola na aldeia indígena Te’ Ýikue a viatura policial militar foi cercada por um grupo de aproximadamente quinze indígenas. Eles renderam os três policiais militares e tomaram seus armamentos e munições. Os militares foram algemados e colocados deitados com o rosto voltados para o solo.

Segundo o relato de um dos militares, todos foram torturados com socos, chutes e pauladas. A viatura policial foi depredada pelo grupo de, aproximadamente, cinquenta indígenas.

A situação foi contornada com a chegada de um pastor evangélico que atua na reserva indígena e que interviu em favor dos policiais militares, que ficaram em poder dos índios por cerca de duas horas. Eles foram transportados pelos Bombeiros para atendimento médico e não correm risco de morte.

A ABSSMS, através de sua Comissão de Direitos Humanos cobrará do poder judiciário a responsabilização dos culpados, bem como prestará todo o apoio necessário aos policiais militares vítimas desse crime.

 

Assecom ABSSMS/Dourados

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