Casal de Dourados estupra amiga em festa e a 'aconselha' a tomar coquetel contra DSTs
O promotor de Justiça de Dourados, João Linhares, ajuizou nesta sexta-feira (31) um processo de estupro de vulnerável, que de acordo com ele é sem precedentes. “Tenho 14 anos de magistério e nunca vi nada parecido”, fala.
Uma mulher foi estuprada pelo marido da amiga com a supervisão dela. Ela teria ‘ajudado’ o marido a cometer o crime, imobilizando a vítima, que mesmo desmaiada, continuou a ser abusada.
Após o crime, a ‘amiga’ anda enviou mensagens para o celular da vítima, a aconselhando a tomar pílula do dia seguinte e um coquetel de medicamentos contra DSTs, porque estava com dúvida de o marido ter usado preservativo ou não.
O caso, que aconteceu no dia 3 de novembro do ano passado, só veio à tona agora por conta de o caso ter sido encaminhado à Justiça pelo promotor público.
De acordo com a denúncia, o casal suspeito teria ganhado um carro, e convidou essa mulher para a comemoração. Por volta das 16 horas, a mulher chegou à casa acompanhada de outra amiga, também convidada.
Por volta de meia noite, uma das convidadas teria ido embora, restando somente a vítima com o casal. Neste momento eles passaram a consumir cervejas e vodka com energético, insistindo para que a vítima bebesse.
Em determinada hora o homem à força obrigou a vítima ir para o quarto. Lá, com o auxílio da mulher, estuprou a vítima, que perdeu os sentidos e continuou a ser abusada. Quando tentou gritar por socorro, a mulher tapou a boca dela.
A mulher passou por um exame de corpo de delito que comprovou as agressões e foi colhido material genético, que espera o resultado do exame.
Após o abuso a mulher ainda recebeu mensagens de texto da suposta ‘amiga’ com pedidos de desculpas e a aconselhando a tomar a pílula do dia seguinte, para evitar uma gravidez, e um coquetel de medicamentos contra DSTs, porque ela não tinha certeza se o marido usou preservativos ou não.
O casal está respondendo ao processo em liberdade. Eles são acusados de estupro de vulnerável com o agravante da participação de outra pessoa. Se condenados eles podem pegar de 8 a 12 anos de prisão.