Delegada abre investigação sobre jovem abusada em ônibus da Capital

Ela pede que passageiros do ônibus que viram o suspeito e conhecem o paradeiro do homem liguem para a polícia

A delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Rozely Molina, já abriu a investigação sobre o caso de abuso sexual registrado ontem (25) dentro de um ônibus da linha 061, que vai do bairro Moreninhas ao centro da Capital.

Uma jovem de 21 anos foi abusada por senhor de idade não identificada dentro de ônibus da linha. O homem chegou a ejacular na roupa da vítima, que ficou muito abalada com a situação. O caso aconteceu por volta das 6h30 da manhã, um dos horários de maior lotação da linha. Outros passageiros teriam visto o abuso, mas não fizeram nada para ajudar.

A delegada pede que passageiros do ônibus que viram o suspeito e conhecem o paradeiro do homem liguem para a polícia e auxiliem nas investigações “A gente pede para as pessoas que estavam no ônibus e viram o suspeito que liguem pra gente e nos auxiliem a encontrar o suspeito. A denuncia é anônima”, afirma.

Segundo Rosely Molina o boletim de ocorrência já foi recebido e a vítima esta passando por acompanhamento psicológico “A vítima esta se sentindo impotente, muito fragilizada e nesse momento precisamos de amparo e acolhimento”.

Para realizar a denuncia as pessoas podem ligar nos telefones 3384 1149 ou 3384 2946, que são diretamente da Delegacia da Mulher. A delegada também comentou que a pessoa pode ligar 180 que é gratuito.

Outros casos

Nesse ano, no inicio do mês de agosto a delegacia realizou a prisão do homem apelidado pela polícia de Maníaco do 087, Lucimário Luiz da Silva, de 28 anos. O homem recebeu o codinome porque atacava mulheres que usavam a linha do ônibus 087, que faz o trajeto Terminal Nova Bahia - Centro – um dos mais usadas pela população.

Rozely comenta que após essa prisão outros casos começaram a aparecer outros casos de denuncia. “Fizemos essa prisão e a partir daí que começaram a aparecer as denuncias na cidade. A gente verifica que é um fenômeno que ocorre em todo o mundo, em todo o lugar. No Rio de Janeiro e em São Paulo foi necessário segregar homens e mulheres nos vagões do metro para evitar esse tipo de assedio. Não quero acreditar que em Campo Grande seja necessário essa atitude”.

A delegada espera que com a conscientização da população e as denuncias que estão aparecendo que esse tipo de abuso se torne mais raro.