Filha e amante tramaram morte de agricultor em Dourados, diz polícia

O crime de latrocínio - roubo seguido de morte - contra Ireno Dias dos Santos, de 70 anos, na noite de sábado no distrito de Indápolis, em Dourados, teve participação da filha Irene Marcia Teodoro dos Santos, de 30 anos, e de seu amante Adaias Oliveira da Silva, da mesma idade.

Conforme noticiado pela 94FM, o sítio do idoso foi invadido por três homens na noite de sábado. Ele foi morto e teve um cofre roubado. A estimativa é a de que havia R$ 200 mil em dinheiro.

Conforme boletim de ocorrência, após o crime policiais do SIG passaram a investigar o caso. Os policiais tiveram a informação que a arma usada no crime tinha laser e que o trio usava roupas camufladas.

Durante entrevista na delegacia, a filha Irene, residente em propriedade vizinha ao pai, sempre se esquivava em responder perguntas, causando estranheza. No dia seguinte ao crime ela formatou o aparelho celular.

A partir daí os investigadores passaram a dar mais atenção as respostas dela e por não saber explicar onde estava no dia do crime, admitiu que mantinha relacionamento extraconjugal, apontando um colega, no entanto, o rapaz alegou que os dois não saiam há mais de dois meses.

Indagada sobre onde esteve no dia dos fatos, já que coincidentemente no período de 19h e 21h, Irene esteve em local incerto e não sabido, sendo que sua família não conseguiu contatá-la para avisar da morte do pai, a mulher disse que passou em um mercado e depois foi para casa de um amiga e que seu celular estava no silencioso, por isso não tomou conhecimento das tentativas de sua família. No entanto, a amiga negou estarem juntas.

As investigações evoluíram com identificação do suposto amante que Irene esteve junto na noite dos fatos, sendo a pessoa de Adanias, colega de trabalho, cabo da reserva do Exercito Brasileiro. No nome do rapaz havia registro de uma pistola 9mm marca Taurus.

Os investigadores empenhados na resolução do crime, foram até Adaias, em seu local de trabalho e com ele foi localizado a pistola Taurus 9 mm, municiadas com 12 munições, a qual ele tem apenas o registro, resultando em sua condução para a delegacia, juntamente com seu carro um Fiat Argo, pois estava portando a arma de forma irregular, já que o documento possuído dava apenas o direito de possuir a arma em sua residência e transportá-la para o clube de tiro.

A pistola tinha exatamente as características de três pontos de miras tritium (laser) reluzentes na cor verde. Diante da suspeita da participação dele no crime, Adaias passou a ser entrevistado, sendo que autorizou vistorias em seu celular, sua residência e seu veículo.

Na casa foram localizadas roupas camufladas. No carro havia alguns danos no porta malas, como marca de objeto pesado, furos, amassados e arranhados, compatíveis com o transporte do cofre subtraído. Já o aparelho celular também tinha sido formatado.

Diante de todos os elementos que indicavam a participação de Adaias no crime, o mesmo confessou ter um relação extraconjugal com Irene e confirmou que se encontrou com a mesma na noite dos fatos sendo que imediatamente solicitou a presença de seu advogado antes das declarações que iram passar a dar.

Conforme boletim de ocorrência, após a entrevista reservada como seu advogado Renan Souza Pompeu, Adaias confessou ter participado do crime a partir de informações privilegiadas fornecidas por Irene (filha da vítima) onde ambos haviam combinados de roubar os valores no interior do cofre e para tanto contaram com a ajuda de outros dois indivíduos que vieram de fora da cidade.

Adaias explicou que na dinâmica do crime, ele ficou do lado de fora da residência da vítima com a criança de refém (neto do idoso) e os dois comparsas adentraram e renderam a vítima, mas a mesma reagiu, instante que o crime evoluiu para o resultado morte.

Adaias narrou também que buscou Irene atrás do colégio Menodora na data dos fatos, por volta das 19h e que ela acompanhou Adaias e os comparsas até o local do fato, tendo ficado dentro do veículo.