Operação da Polícia Civil desarticula quadrilha interestadual especializada em tráfico de drogas e armas

A secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), através da 25ª DP (Engenho Novo), realiza nesta quinta-feira (17) a operação "Bad Family" para desarticular uma organização criminosa que atua no tráfico interestadual de drogas e armas. A ação visa cumprir 19 mandados de prisão preventiva e 18 mandados de busca e apreensão em municípios do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. A operação conta com o apoio da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. 

De acordo com o delegado Fabio Asty, titular da 25ª DP, as investigações tiveram início há cerca de um ano e apontaram que a organização criminosa, formada por familiares, atua no tráfico atacadista interestadual de drogas, armas e munições.  Eles abastecem as principais comunidades da região metropolitana do Rio, como os complexos do Alemão, da Maré, do Lins e Jacaré, além dos municípios de Cabo Frio e Nova Friburgo, no interior do Estado, e em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo.

Ainda segundo o delegado, a família do município de Paranhos, em Mato Grosso do Sul, e atuante no agronegócio, se utilizava de sua propriedade rural situada naquele município, fronteiriço ao Paraguai, para servir de entreposto para o recebimento e distribuição de drogas, principalmente maconha e cocaína. Os criminosos faziam também a distribuição de armas e munições de diferentes tipos e calibres.

Durante as investigações foi levantada a utilização do agronegócio familiar na lavagem de dinheiro da venda de armas e drogas e pedido o bloqueio das contas bancárias de nove indiciados. Eles tiveram todos os valores existentes nessas contas sequestrados judicialmente.

O líder da organização criminosa, o sul-mato-grossense, Edson Ximenes Pedro, conhecido como "Pelincha", conta com o auxílio direto de sua esposa, irmãos e cunhado na execução das atividades criminosas. As investigações demonstraram que Edson, um dos principais concorrentes do traficante "Marcelo Piloto" fornecia mensalmente às comunidades fluminenses cerca de duas toneladas de maconha e meia tonelada de cocaína, valores que ultrapassam R$ 200 milhões ao ano.

Edson Ximenes já foi preso em 2013 pela Polícia Federal e cumpriu pena por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Atualmente ele utiliza identidade falsa, em nome de Fabio Pereira de Souza e está foragido do sistema prisional desde que progrediu ao regime semiaberto.


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