Polícia prendeu três envolvidos em crimes na Grande Dourados e dois seguem foragidos
A força tarefa montada para capturar os envolvidos numa onda de crimes ocorridos nesta quarta-feira (14) na Grande Dourados já tem três suspeitos presos. Dois continuam foragidos e as buscas na região de Caarapó devem seguir durante esta quinta-feira (15).
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Francisley Peixoto, de 31 anos e Rudson Carlos Passarelli da Silva, de 20 anos, foram presos ontem no Posto Capeí da PRF (Polícia Rodoviária Federal), na BR-463, entre Dourados e Ponta Porã. Ambos são de Nova Esperança, pequeno município ao Norte do Paraná, com 30 mil habitantes, próximo à divisa com Mato Grosso do Sul.
Peixoto foi apontado pela polícia como dono do veículo GM Astra que fazia o trabalho de batedor para outros criminosos que pretendiam levar uma caminhonete GM S-10 roubada no Paraná até o Paraguai, passando pelo território sul-mato-grossense.
Os ocupantes dessa caminhonete, encontrada abandonada às margens da BR-463, são apontados como autores de um homicídio e uma tentativa em propriedades rurais nas proximidades do Clube do Laço, no Município de Dourados. Em um desses crimes eles também roubaram uma F-1000 ano 90 e fugiram em direção à Caarapó.
No caminho supostamente de volta ao Paraná eles bateram o veículo roubado. Sem saber dos crimes, um agente da PRF que ia para a base de Naviraí parou para prestar ajuda e por pouco não teve o carro roubado. Houve troca de tiros e o policial foi ferido no braço. Os suspeitos fugiram para uma mata a 10 quilômetros da cidade de Caarapó, em direção ao Município de Juti.
Durante toda a quarta-feira pelo menos 80 policiais de diversos organismos de segurança pública mantiveram um cerco na área, em busca dos suspeitos. Durante a noite a operação foi suspensa, mas deve recomeçar hoje.
Segundo a polícia, os dois homens presos na madrugada ontem pela PRF, Francisley Peixoto e Rudson Carlos Passarelli da Silva, não têm envolvimento com a morte ocorrida na região de Dourados. Eles alegam que foram contratados por R$ 1,5 mil cada um para fazer o trabalho de batedor da caminhonete roubada no Paraná que seria levada ao Paraguai. Ambos dizem que conhecem os dois foragidos apenas por apelido, pois teriam sido contratados pela mesma pessoa.
Quinto envolvido
Na Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), Peixoto e Silva apontaram a participação de um quinto envolvido na quadrilha, Evandro Medeiros dos Santos – cuja idade ainda não foi divulgada. Informados da origem dos criminosos, os policiais acionaram as forças de segurança pública paranaenses.
Ainda na noite de ontem as polícias Civil e Militar do Paraná informaram a prisão de Santos, em Nova Esperança. Hoje uma equipe da Defron deve trazê-lo para Dourados. Os investigadores querem saber qual a participação dele nos crimes e a identidade dos dois foragidos. Existe a suspeita de que Santos possa ter agido nos crimes que resultaram num morto e dois baleados na Grande Dourados.
Mais uma vítima
De acordo com a polícia, Evandro Medeiros dos Santos conseguiu fugir do cerco policial ao contratar uma mototaxista em Dourados. Ele voltou à cidade de origem, Nova Esperança, deixando Mato Grosso do Sul pelo Município de Ivinhema.
Contratada para leva-lo, a mototaxista Simone Félix de Almeida Oliveira, de 30 anos, pode ter sido mais uma vítima da quadrilha, já que ainda não teria retornado da viagem e não atende às ligações feitas por familiares.
