Polícia Civil deflagra operação contra desvio de R$ 23 milhões em Maracaju

  • Redação com Polícia Civil
Foto: Assessoria/Polícia Civil
Foto: Assessoria/Polícia Civil

Teve início nesta quarta-feira (22) uma operação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul denominada “Dark Money”. O objetivo da ação é dar cumprimento à mandados de prisões, buscas e apreensões de pessoas relacionadas com corrupção na cidade de Maracaju.

De acordo com a diretora do DRACCO, delegada Ana Claudia Medina, as prisões são consequências de um trabalho de investigação que apurou um esquema criminoso que, em 2019/2020, desviou mais de R$ 23 milhões dos cofres públicos de Maracaju.  “A expressão Dark Money é uma alusão à natureza do dinheiro, fruto da corrupção sistêmica que atinge setores públicos e perpetrada por seus gestores”, explicou Medina.

 As ações policiais miram servidores públicos que atuaram no alto escalão do executivo municipal no exercício de 2019/2020, bem como, empresários e empresas com envolvimento no esquema. Entre os presos, está o ex-secretário de Finanças, Lenilson Carvalho. Ele foi preso no interior do Paraná. Também tiveram a prisão temporária decretada Daiana C. Kuhn, Iasmin Cristaldo Cardoso, Pedro Emerson Amaral Pinto, Fernando Martinelli Sartori e Moisés Freitas Víctor. O ex-prefeito Maurilio Ferreira Azambuja está foragido.

Estão sendo cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, além de bloqueio de bens e outras medidas cautelares determinadas pela Justiça. As ações estão sendo realizadas no Município de Maracaju, Corumbá, Ponta Porã e Campo Grande e envolveram 60 policiais civis de MS e ainda na cidade de Umuarama/PR, por meio de uma equipe da PCPR.

Entenda o caso

Equipes do DRACCO, com o suporte técnico do Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), constataram que foi criada uma conta bancária de fachada, por onde foram promovidos mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de 1 ano. A partir de negócios jurídicos dissimulados, integrantes do alto escalão da prefeitura emitiram mais de 600 lâminas de cheques, que totalizaram mais de R$ 23 milhões às empresas, sem qualquer lastro jurídico para amparar os pagamentos.

Muitas das empresas beneficiárias não mantinham relação jurídica com a prefeitura. Além disso, não havia emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a empenho de despesas, operações legais que devem ser observadas pelos entes públicos.

Diante da gravidade dos fatos, foram requeridas ao Judiciário de Maracaju várias medidas cautelares como mandados de prisão temporária contra servidores públicos e particulares, busca e apreensão em empresas, bloqueio de bens e outras, todas cumpridas na presente data pela PCMS, após parecer favorável do Ministério Público e decisão do Poder Judiciário da Comarca de Maracaju.


Comentários
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  • Anna Claudia

    Anna Claudia

    Parabéns à toda a Equipe!!
    E que o trabalho deles não ficam em vão, pois os policiais investigam e prende e os Juízes passam a mão na cabeça e solta tudo esses safados!!!