Suspeitos dizem estar arrependidos de não terem matado homem queimado

Moisés Palmeira foi espacando e sofreu queimaduras no corpo

  • Correio do Estado
Suspeitos dizem estar arrependidos de não terem matado homem queimado

Um dos suspeitos de atear fogo em Moisés Palmeira da Silva, 30 anos, apresentou-se na Polícia Civil ontem (23). Silva, que ficou conhecido como o "maníaco do vidro temperado" em Paranaíba, foi espancado e teve 50% do corpo queimado. O crime aconteceu no dia 15.

Ragner Marques da Silva, 18 anos, é uma das cinco pessoas investigadas nesse caso. Contra ele já havia mandado de prisão, por isso permaneceu preso.

O delegado que investiga o crime apurou que quatro adolescentes e Ragner estão envolvidos. Ele já ouviu três pessoas. Esses suspeitos disseram que estavam arrependidos de não terem matado Moisés Palmeira da Silva.

O delegado Wallace Martins Borges disse que Ragner negou participação efetiva. Ele relatou que o jovem estaria apenas dirigindo o carro onde estavam outras quatro pessoas, todas adolescentes. O rapaz preso afirmou que estava bêbado e não se lembra do que aconteceu.

“Sua participação se deu enquanto motorista, tendo levado, aguardado e dado fuga aos menores e que sua participação seria somente essa. Todavia responderá pelo crime porque é partícipe ou coautor desse caso já elucidado", explicou o delegado ao Interativo.

Um dos adolescentes investigados informou à Polícia Civil que vai comparecer à delegacia para prestar depoimento. O delegado recebeu a informação que todos eles seriam traficantes na cidade e Moisés havia agredido pelo menos um dos jovens.

“Três deles foram ouvidos, informam que um teria sido agredido e outros dois já estariam ameaçados. Eles informaram que são traficantes no bairro e temiam que quando Moisés fosse preso, pudesse entregar os pontos de venda de drogas”, detalhou Wallace.

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