Citado por delator e divulgado pela TV Globo, Delcídio rebate acusações e diz que citação é 'absurda'

Lobista diz ter ouvido dizer que senador teria sido beneficiado

enador Delcídio do Amaral (PT-MS) (Reprodução / Internet) ()
enador Delcídio do Amaral (PT-MS) (Reprodução / Internet) ()

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder da presidente Dilma Rousseff no Senado, classifica como “absurdo” e “muito estranho” o fato de ter sido citado por um dos delatores da Operação Lava Jato, como eventual beneficiado com propina. A assessoria do parlamentar diz que provas estão sendo reunidas para desmentir informações da delação.

As afirmações surgem depois da revelação de que o lobista Fernando Baiano disse, em delação premiada, que “ouviu dizer” que o petista teria recebido propina quando era diretor de Gás e Energia da Petrobras, de 2000 a 2002. Delcídio teria recebido, na versão do delator, entre US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão, dinheiro supostamente repassado para cobrir custos da campanha pelo governo do Estado, em 2006.

“Além de absurdo, é muito estranho que meu nome tenha sido novamente citado nessa investigação, colocado numa época em que eu era considerado ‘persona non grata’ por todos que estavam sendo investigados pela CPMI dos Correios, cuja presidência exerci exatamente nesse período (2005/2006)”, abre nota divulgada por Delcídio, após citar que o conteúdo foi ignorado em reportagem sobre o assunto no Jornal Nacional, da TV Globo

O senador diz ter sido apresentado a Fernando Soares, o Baiano, na década de 90 pelo empresário Gregório Marin Preciado. “Depois dessa época, nunca mais o vi nem tive nenhum tipo de contato com o mesmo”, prossegue o texto.

Por fim, Delcídio lembra que, a pedido da Procuradoria Geral da República, o STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou procedimentos onde ele teve o nome citado durante as investigações sobre corrupção na Petrobras. Além da nota pública, a equipe de assessores do parlamentar está reunindo documentação para rebater a citação feita por Baiano, conforme informou a assessoria do senador já no começo da tarde deste sábado (17).

'Delação terceirizada'

O senador também criticou o uso indiscriminado da delação premiada nas investigações no país. "Inacreditável o que está acontecendo no Brasil. Agora, passa a valer a jabuticaba da 'delação  terceirizada'. Consiste no seguinte: um delator cita nomes de pessoas em encontros, sem datas ou locais, supostamente ouvidos de um outro delator que, na boca do primeiro, vira uma 'delação premiada terceirizada'. Aliás, esse assunto, agora requentado, foi amplamente explorado no Estado durante a campanha de 2014. Eu morro e não vejo tudo!".

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