Personagem peculiar tem coleção curiosa de 26 anos de campanhas eleitorais

Personagem peculiar tem coleção curiosa de 26 anos de campanhas eleitorais

Santinhos, adesivos, bótons, chaveiros e até bonés, do tempo em que a legislação permitia. De 1988 até hoje, são 26 anos de material das eleições guardado em pastas. A paixão pela política fez com que Carlos Eduardo Higa, de 41 anos, armazenasse as propagandas dos candidatos das duas últimas décadas.

A coleção é peculiar, de um personagem um tanto "inusitado". Higa é ex-padre, se dedicou ao sacerdócio por 10 anos, há quatro deixou a igreja Católica e hoje estuda para se tornar reverendo da igreja Anglicana. À época da primeira "renúncia", ele pediu exoneração do cargo público federal.

"Tudo parte de uma experiência de fé, pela minha vontade de fazer mudar o mundo, eu segui pela veia religiosa". A mesma experiência que o levou a ser padre, também o fez mudar o caminho. Mas ao contrário do que acontece na maioria dos casos, com Carlos Eduardo, nenhuma mulher foi a causa da transformação. "O que me levou para a igreja, me levou à outras vivências religiosas", justifica. Até ser ordenado, ele segue com a profissão de corretor de imóveis e também estuda a quarta faculdade, de Sociologia.

Reprodução
A coleção é peculiar,  Higa é ex-padre

As páginas da coleção têm, desde Eneas sem barba, ao adesivo do Silvio Santos, que até tentou ser candidato a presidência em 1986. Nas recordações, estão as campanhas de Collor, Mário Covas e também regionais, de candidatos da colônia japonesa. São nomes que deixaram a política e outros que permaneceram até com certa surpresa.

Pelas folhas das pastas, se recorda que o Brasil passou por um plebiscito em 1993, para decidir o sistema e a forma de governo entre monarquia, república, parlamentarismo ou presidencialismo. Os materiais foram colhidos no decorrer do tempo, mas a coleção mesmo começou de 1989 pra cá.

Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.