Em MS, quadrilha alugava equipamento de R$ 30 mil para arrombar caixas eletrônicos

Em MS, quadrilha alugava equipamento de R$ 30 mil para arrombar caixas eletrônicos

Uma quadrilha especializada em arrombamentos de caixas eletrônicos alugava equipamentos sofisticados de R$ 30 mil para praticar os delitos. O bando trocava de residências com frequência e de aparelhos de celulares para não fossem rastreados. Eles foram presos na tarde de quarta-feira (22), após cometerem um delito horas antes, em uma farmácia localizada no Jardim Noroeste, região leste de Campo Grande.

Os envolvidos foram identificados como Renato Raimundo, de 30 anos, Melrison da Silva, de 29 anos, Fabio de Jesus Barbosa Junior, de 25 anos, Gilbert do Nascimento Rondon, de 39 anos, Jorge Antônio Siqueira, de 39 anos, e a esposa dele Daniela Cristina Pereira da Silva, de 32 anos. O grupo que agia nas cidades de Rondonópolis e Cuiabá, no Mato Grosso, acabou migrando para Campo Grande há aproximadamente dois meses.

A prisão e a investigação foi feita pela Inteligência da Polícia Civil e pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros). Os delegado Edilson Santos e Fabio Peró, estiveram a frente da operação e relataram que, ainda há outros envolvidos que estão foragidos.

Um deles é o proprietário do equipamentos de R$ 30 mil que era usado nos roubos. Foram apreendidos a ‘solda oxi’ que juntamente com eletrodos acaba cortando ferro e com isso, além dos maçaricos, eles abriam os terminais eletrônicos. Além de um aparelho que desarma alarme e outro que bloqueia sinal de rádio.

“Mesmo que eles falhassem no momento em que desarmasse um alarme, o outro aparelho bloqueava sinal de rádio, celular e outros equipamentos, não permitindo que a central de segurança soubesse que estava havendo um furto”, ressalta o delegado Edilson.

O bando também se revezava e utilizava apelidos, tudo para despistar a polícia, caso algum membro fosse preso. “Cada um tinha uma função específica no crime, porém o rateio do valor furtado não era igualitário”, frisa o delegado Peró.

O casal Jorge e Daniela eram responsável pelo aluguel do imóvel, que ficava nas proximidades de onde haveria o próximo crime. Na casa deles, foram descobertos vários objetos e eletrônicos de luxo, que foram adquiridos com o dinheiro do crime.

“Essa foi a maneira de ‘lavar o dinheiro’ do crime. O casal também adquiriu vários veículos de luxo, entre eles, um Jetta que custa aproximadamente R$ 80 mil”, conta um dos delegados envolvidos na operação.

Já Gilbert e Renato eram os responsáveis pelo arrombamento e os demais na utilização dos equipamentos. Inclusive, parte do bando chegou a fazer cursos especializados para manipular os equipamentos eletrônicos.

Em Mato Grosso, a quadrilha é apontada por realizar 12 arrombamentos, sendo nove com sucesso. Já em Campo Grande, eles teriam praticado quatro, sendo no dia 14 de junho no prédio da Iagro (Agência Estadual de Vigilância Sanitária), 8 de julho no Bairro Aero Rancho, no Jardim das Meninas em 12 deste mês e o último na madrugada de ontem no Jardim Noroeste.

Além dos veículos, eletrônicos e objetos de luxo, foram apreendidos com o bando, os equipamentos eletrônicos, um revólver calibre 38 e munições, R$ 15.950 e documentos falsos que foram apresentados por Melrison e Fábio.

O bando vai responder pelos crimes de associação ao crime, documento falso, lavagem de dinheiro, porte ilegal de arma de fogo e furto qualificado.

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