Aproveitando o sol, antes de chegar à terrinha

  • Mazé Torquato Chotil
Aproveitando o sol, antes de chegar à terrinha

Quarta-feira à tarde é sinônimo, para mim, de folga do trabalho. E nesta quarta, tive sorte, fez sol! Sol suave desta época outonal. As folhas amarelas e marrons entapetam as ruas onde árvores existem. Adoro estas cores! Nesta quarta vou, a pé ou de bicileta, vagabundar pelas ruas da cidade, no centro, onde os turistas aproveitam os raios de luz nos terraços, "terrasses" em frnacês, dos cafés.

Saio do trabalho e me dirijo primeiro à Embaixada do Brasil, onde uma amiga me pediu doação de meus livros para uma biblioteca associativa no interior da Bahia. Dessa forma, "Lembranças do sitio", "Minha aventura na colonização do Oestre" e "Lembranças da vila", o nosso Mato Grosso do Sul, vai conhecer terras baianas. Espero que conheçam muito outras.

Continuo, em seguida, meu passeio nas ruas da cidade. Da Embaixada, há alguns passos das margens do Rio Sena, pego a Champs Elysée para, na praça da Concorde, lá mesmo onde o último rei foi guilhotinado, me direcionar à direita e pegar a rua Saint Honoré que é a rua do palácio presidencial e que cheira riqueza. Guardas nas portas de joalherias onde um relógio Rolex pode custar cerca de 100.000 euros! Dou risada quando passo nas imediações da praça Vendôme, frente a uma loja de marca que tinha renovado seu prédio e estava fazendo uma reabertura, com festa para quem tem dinheiro. Um pequeno grupo de manifestantes parados na esquina, frente ao prédio, com placas informando das condições de trabalho de seus empregados. De outro lado, um grupo de policiais, para assegurar que os manifestantes não entrassem na empresa.

Meu passeio continua. Passo pela frente da "Comédia française", deve ser o mais velho teatro existente no país, fundado em 1680 onde Molière foi patrão. A foto não o mostra na sua totalidade, pois queria chamar a atenção para a entrada do metrô que deve ser a única da cidade a não ser em "Art nouveau" do começo do século passado. Esta estação foi renovada neste novo estilo. Gosto, acho viva de cores, sobretudo a azul.

Meu passeio deve acabar. Tenho as malas para fazer. Neste final de semana estou em terras brasileiras para participar do I Mulheiro das artes em João Pessoa. Antes, no domingo, vou ler com idosos, os três livros sul-matogrossenses em um Lar em Osasco, SP. No dia seguinte parto para Santos, beira do mar, onde estudantes do Colégio Presidente Kennedy me esperam para uma conversa. Eles que já resenharam  "Lembranças do sitio".

Osasco, cidade para onde fui estudar e trabalhar, em meados da década de 1970, me receberá para outras atividades antes de voar para a Paraíba na quinta. Em Campo Grande, apresento "Lembranças da vila" no Sesc Morada dos Baís, na terça, 17/10, às 19h30. Depois, rumo para Glória de Dourados participar de uma conversa com os estudantes da cidade, organizada pela Secretaria de Educação da cidade.

É isso, bom final de semana brasileiro!

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