Cena estranha

Manhã de inverno. O Frio deve andar pelos quatro graus. Nestes cerca de 20 minutos de caminhada, trajeto que me leva de casa ao trabalho, ando com passos rápidos para não esfriar! O céu nestes invernos “secos” está estrelado. Agora há pouco, quando coloquei o pé pra fora de casa, passei meus dois minutos apreciando-o. Um presente do céu!

Vejo-o distante, de costas, iluminado pela luz de um poste que fica atrás dele. O que faz? Tenta, na frente do portão, tocar uma campainha? Sua mão direita toca em algo pela direita? Parece que não teve sucesso com seu ato. A mão direita volta para perto do corpo, enquanto sua cabeça se dirige à esquerda. O que procura? Teria um botão para apertar? Não deve ter ninguém que possa vir lhe ver. O portão dá acesso a cerca de 20 barcos que ali estacionam. Não penso que tenha uma campaninha ligado aos barcos ou à um deles. Também não deve ter gente dormindo num deles, com essa temperatura. Não penso que sejam bem aquecidos para o inverno. São embarcações equipadas para se viver por um certo tempo, com cozinha e camas, de forma que podem ir pra longe. Teria assim mesmo um morador que ele procura?

Enquanto olho para a cena à minha esquerda, não presto atenção na frente. Felizmente, a estas horas do dia, não tem quase ninguém pelas ruas. Me deparo com um carro, estacionado próximo da calçada onde passo, com o motor ligado. Uma pessoa de sexo feminino olha em direção da pessoa que vi. Deve esperá-lo? A hora matinal me chama atenção à cena. Sinto que tem algo estranho. O que? Sera que seria alguém que estaria organizando algo, como um atentado? Nesta época em que terroristas soltos nos prega surpresas, é bom ficar de olhos abertos. Mas também, não podemos ver fastasmas em todos os cantos!

Não vi o rosto do homem na frente do portão, nem da pessoa que devia esperá-lo no carro. Como continuo caminhando, e rápido, vou chegar na esquina onde devo entrar a direita. Perco a visão da cena! Nunca vou saber o que está acontecendo de estranho!

Bom final de semana