Exílio

  • Mazé Torquato Chotil
Exílio

A semana foi corrida! Aliás, cada dia que passa tenho a impressão que o tempo anda mais rápido. Me lembro que quando criança pensava que ele andava como uma lesma. Era a vontade que tinha de descobrir coisas, realizar outras que me dava este sentimento de lentidão? Agora, no entrar de outra era, corro atrás dele!

Estou em fase de correção do meu « L’Exil ouvrier » que será editado em português em abril próximo, quando voltarei ao nosso querido Mato Grosso do Sul para ter o prazer de rever família e amigos e claro, aprensentá-lo. Para mim, este livro editado em francês ano passado, é da maior importância, pois resgata uma certa história, a de trabalhadores militantes durante a ditadura militar. Entrevistei uma série de pessoas que ainda estavam vivas e podiam dar seus testemunhos. Passei quatro anos de trabalho pesquisando e finalmente ele foi apresentado ao público francês ano passado.

Neste ano, os brasileiros não leitores em francês, poderão lê-lo. Ele tem uma certa relação com Dourados e região, já que duas das pessoas da mostra estiveram na Colônia Agrícola de Dourados. Aderval Coqueiro passou algumas vezes, para trazer e buscar a família (mulher e duas filhas) e Leta e Washington Alves da Silva e sua arespectiva família. Como muitos, eles vieram desmatar para criar sua propriedade. Descendente de grandes proprietários de terra, na região, entrou em contato com gente de esquerda, época em que tem início sua conscientização e a decisão de mudar para São Paulo.

Bom final de semana

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