Férias

  • Mazé Torquato Chotil
Férias

Na França, os trabalhadores têm pelo menos cinco semanas de férias, por lei. Podem ter mais, se seu setor de atividade ou os representantes sindicais da empresa assinaram acordo mais avantajosos. Mas não têm aquele negócio de não gozar férias. As férias instituídas desde 1936 são uma tradição para todos. Especialmente neste período de verão e de férias escolares – julho e agosto.

A dificuldade depois é cruzar muita gente nos lugares de férias, nas estradas, estações de trem e aeroportos. É como uma transumância. No mês de julho ou de agosto. Mas na França, sobretudo, a partir do 14 de julho, dia do feriado nacional, e até o 14 seguinte, para preparar a volta às aulas ou o novo ano de trabalho.

Férias são necessárias, para sair do dia-a-dia, aproveitar a presença dos filhos, realizar coisas com eles, recarregar as baterias, viver de outra forma seu cotidiano, mudar de ritmo, viajar, conhecer novas culturas, descobrir coisas, lugares, hisrtórias...

Assim, nesta sexta, acabou-se uma semana de minhas férias. Uma semana com a família, pois a gente termina se vendo pouco durante o ano de trabalho e de correria. O ritmo é realmente outro. Acorda-se tarde, passeio, almoços e jantares com conversas, troca de ideias e jogos.

A região se chama Charentes maritimes e a cidadezinha Chaillevette. Perto da Ilha de Oléron, região conhecida pelo Cognac, pineau e ostras. Nunca tinha visto esta região nem a ostreicultura. Ela é uma das mais conhecidas da França (bassin Marennes-Oléron). Visitar o parque é um prazer completado pelas explicações de guias que descreve o trabalho de mais de 700 produtores, a forma com a qual recuperam os óvulos fecondados das ostras, e depois de um certo tempo, coloca-os em sacos que se vê dentro do rio que desagua no Atlântico, o Seudre. A cada 15 dias é necessário virar o saco e segundo o crescimento, trocar de saco e diminuir o volume em cada um deles de forma que elas tenham o espaço para se desenvolver. Próximo de comê-las, para “afinar”, coloca-se num  “bassin”, reservatório de água, as margens do rio com água salgada e doce. Toda uma técnica tem essa cultura.

Passeios de biciclera pelos caminhos, inclusive entre os “bassins”, é muito simpático. E provar as outras em restaurantes às margens do rio é um grande prazer. Claro que eles têm os vinhos brancos da região ideal para acompanhar estes frutos do mar. Praias, turismo, lazer, conhecimentos... a gente volta novo em folha para o novo ciclo de trabalho.

Boa volta às aulas ou ao tabalho!