Pierre Rabhi agricultor-escritor

  • Mazé Torquato Chotil
Pierre Rabhi agricultor-escritor

Toda pessoa interessada no meio ambiente aqui na França sabe da existência de Pierre Rabhi. Não só, ele é uma pessoa conhecida do grande público. De vez em quando é entrevistado numa emissão de rádio, é mencionado em artigos... é um homem ligado à terra, que pensa que ela é um bem comum, que devemos respeitá-la, cuidar desse bem precioso a fim de deixá-lo em bom estado aos nossos sucessores.

Para ele devemos repensar o modelo de agricultura estabelecido no mundo pois a natureza tem recursos suficientes para que cada ser humano tenha o que é necessário para sua existência. Entretanto, é preciso saber o que fazemos com esta fartura generosa. “Hoje, uma parte importante da população não tem acesso a alimentação enquanto os lixos das sociedades prósperas transbordam”, de forma que defende que esta lógica precisa ser revista.

Nascido na Algéria em 1938, seu verdadeiro nome é Rabah Rabhi. Orfão de mãe quando pequeno, foi criado por um casal de franceses. Veio morar na França, possui portanto duas culturas. Como disse, é um agricultor que escreve. Um dos pioneiros da agricultura orgânica na França. Desde 1981, transmite seu saber na África a fim que populações sejam autônomas nas suas alimentações, ao mesmo tempo que guardem seus patrimônios alimentares. Produz alimentos biológios, iniciou, com outros, o movimento Colibri de forma a divulgar essas idéias, mas é também um filósofo e escritor. Escreve ensaios, romances e poesias.

Escreveu um número considerável de livros. Entre outros “Do Saara a Cévennes, ou a reconquista do sonho”, "Semeador de esperança”, “O canto da terra”, “A sobriedade feliz”, “Terra mãe, homicídio voluntário? “Consciência e meio ambiente, a sinfonia da vida”, “Palavras da terra”, “Sementes de possíveis”.

Yehudi Menuhin escreveu sobre ele: “Com suas próprias mãos Pierre Rabhi levou a vida a areia do deserto. Este homem simples e são, um ser transparente cuja beleza poética da linguagem revela uma ardente paixão, é capaz de frutificar terras empoeiradas com seu suor, com um trabalho que restabelece a cadeia de vida que nós interrompemos constantemente”.

Ele me lembra Manoel de Barros, chegando nos seus 80 anos, mas sempre repleto de energia, em ação por mais solidariedade, mais fraternidade, mais harmonia com o cosmos.

 

Bom final de semana

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