Uma volta em torno da Romênia

  • Mazé Torquato Chotil
Uma volta em torno da Romênia

Ainda é tempo de férias na Europa e férias para mim também. Acabando uma viagem de descoberta dos monastérios da Romênia. Mais de 2.000 km de ônibus após a descida no avião em Bucareste. Passando por Curte ades Arges, Sibiu, sighisoara, Cluj-Napoca, Maramures; Gura Humorului, Piatra Neamt, Brasov e Sinaia antes de embarcar de volta para casa neste sábado.

Viagem cultural passando por monastérios e muito mais neste país que possui seis lugares declarados patrimônio mundial pela Unesco. O que conhecia deste país? Muito pouco. O nome da ginasta Nádia Comaneci circulou o mundo no final dos anos 1970, época em que ainda vivia no Brasil. Depois, soube do escritor Ionesco, do castelo do Drácula, de Elie Wiesel, sobrevivente do Holocausto, Prêmio Nobel da Paz de 1986 e da escritora Herta Müller, prêmio Nobel de Literatura de 2009. Agora me vem a lembrança de Jorge Amado ou de sua mulher Zélia Gatai? que disse - eles moraram no país durante a ditadura brasileira - que a língua era engraçada, em momentos entendia-se tudo, mas de repente, uma palavra não tinha nada a ver, impedia a compreensão. O romeno tem cerca de 60% das palavras descendentes do latim, e as outras do eslavo, informação do nosso guia.

Faz fronteira com a Hungria, Sérvia, Ucrânia, Moldávia e a Bulgária. É hoje formado pela antiga província do império romano Dácia, e os principados da Moldávia e Valáquia, desde 1859. Depois de se livrarem do Império Otomano, em 1877, no final da Primeira Guerra Mundial, se junta a ele a Transilvânia, a Bucovina e a Bessarábia. Depois de ter sido comunista após a Segunda Guerra Mundial e ter tido Nicolae Ceausescu de 1965 e 1989 a Romênia tem um regime democrata e capitalista.

O Monastério Horezu, o primeiro que visitamos, na região da Valáquia, faz parte do patrimônio mundial pela Unesco. Do final do Século 17, é uma pérola do estilo « Brancovan », importante pela sua pureza e equilíbrio da sua arquitetura, riqueza de seus elementos esculpidos, assim como pela composição religiosa de sua decoração em pintura mural e ícones conhecidos em toda a região dos Balcãs no Século 18.

Depois, na Transilvânia, cidades medievais edificadas pelos saxões nos séculos 12 e 13. Igrejas católicas, evangélicas, e... a casa do príncipe Vlad Tepes, dito conde Drácula, como ficou conhecido no mundo inteiro. Vales com vilarejos preservados, muitas casas e igrejas de madeira, sobretudo em Maramures, igrejas fortificadas... um patrimônio que realmente merece ser visitado.

O que falar da religião? Segundo o que li, 90% da população identificam-se como praticantes da Ortodoxia oriental. Depende da influência dos povos que passaram pelo país: turcos de Constantinopla, alemães ou austríacos.

Bom final de semana!

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