Estabilidade em números reforça questionamento de especialistas sobre segunda onda de Covid

  • Redação
Infectologistas refutam ideia de segunda onda da doença (Foto: Reprodução)
Infectologistas refutam ideia de segunda onda da doença (Foto: Reprodução)

Dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa formado para monitorar a pandemia do novo coronavírus no Brasil mostraram neste domingo (6) que a média móvel de mortes causadas pela doença registrou queda de 15% e indica situação de estabilidade, com exceção do Estado do Amazonas.

Essas informações foram publicadas hoje pelo Portal G1 e reforçam alerta feito ainda em julho por médicos infectologistas, que em entrevista à CNN pediram cuidado com o uso do termo “segunda onda” da Covid-19 quando levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz apontou o crescimento nos casos de internações em regiões que já tinham apresentado queda no país.

Em Dourados, conforme boletim divulgado nas redes sociais da prefeitura, houve 26 novos diagnósticos positivos no domingo (6) e 51 na segunda-feira (7). Com 82 óbitos atribuídos à doença, o município tem 6.059 casos confirmados, com 4.800 pacientes recuperados, 1.147 em isolamento domiciliar e 61 internados.

No dia 25 de julho, a CNN Brasil publicou reportagem na qual médicos infectologistas pediram cuidado com o uso do termo “segunda onda da pandemia", assim como chegou a afirmar o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, sobre o caso de Dourados.

À publicação, o médico Julio Croda, pesquisador da FioCruz, disse ser necessário considerar que cada cidade e estado "teve uma epidemia de Covid" diferente.

"[Por isso], cada estado e cidade pode viver ou não uma segunda onda [de infecções]. Tudo depende da intensidade em que a circulação ocorreu no passado e das medidas preventivas que estão sendo adotadas no momento de flexibilização", explicou.

Já o infectologista Carlos Magno Fortaleza, membro do Comitê de Contingência do Estado de São Paulo, acrescentou que, na medicina, uma segunda onda de pandemia é analisada quando uma doença já está controlada na população.

"Como não chegamos nessa fase ainda, o próprio termo segunda onda fica questionável. Acho que estamos vivendo fases diferentes no país", apontou Fortaleza. 

(Com informações do G1 e da CNN Brasil)

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