Acusado de corrupção, vereador afastado em Dourados é figura difícil de intimar

Cirilo foi um dos alvos da Operação Cifra Negra, desencadeada no dia 5 de dezembro de 2018 contra supostas fraudes licitatórias na Casa de Leis

Antes de ser afastado, vereador Cirilo Ramão cumpriu agenda em Brasília, em viagem custeada com dinheiro público (Foto: Reprodução)
Antes de ser afastado, vereador Cirilo Ramão cumpriu agenda em Brasília, em viagem custeada com dinheiro público (Foto: Reprodução)

Preso acusado de corrupção na Câmara de Dourados, o vereador Cirilo Ramão Ruis Cardoso, o Pastor Cirilo (MDB), tornou-se uma figura difícil de intimar após obter a liberdade. No Legislativo, a comissão processante que investiga suposta quebra de decoro parlamentar o notificou via Diário Oficial do Município por não tê-lo encontrado. E oficial de Justiça lotado no Fórum da comarca precisou percorrer três endereços até localizá-lo e entregar intimação sobre processo em que é réu por improbidade administrativa. 

Cirilo foi um dos alvos da Operação Cifra Negra, desencadeada no dia 5 de dezembro de 2018 contra supostas fraudes licitatórias na Casa de Leis. Preso com os colegas de parlamento Idenor Machado (PSDB) e Pedro Alves de Lima, o Pedro Pepa (DEM), virou alvo de processo que pode resultar na cassação do mandato. Na mesma situação, Denize Portollan (PR) é implicada em acusação da Operação Pregão, que em 31 de outubro passado apontou corrupção na Prefeitura de Dourados, onde ela foi secretária de Educação.

Presidente da comissão processante que investiga Cirilo, o vereador Alberto Alves dos Santos, Bebeto (PR), precisou recorrer ao Diário Oficial do Município para notificá-lo sobre a nova data para depoimento. O emedebista teria sido ouvido na quarta-feira (10), mas apresentou atestado médico sob alegação de ter contraído dengue. Hoje, foi informado pela imprensa oficial que é aguardado às 8h30 de segunda-feira (15).

No início desta semana, dia 8, o sistema de acompanhamento processual do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) detalhou o esforço de um servidor do Poder Judiciário para intimar Cirilo Ramão sobre o andamento do processo número 0002622-75.2019.8.12.0002, em trâmite na 6ª Vara Cível da comarca e no qual é um dos acusados de improbidade administrativa.

O oficial de Justiça relatou ter ido inicialmente num imóvel localizado na Rua Izaat Bussuan, onde foi “informado de que o requerido ali havia morado acerca de cinco anos”. Posteriormente, foi à casa na Rua Joaquim Alves Taveira, “que estava às escuras”. Em nova diligência ao mesmo local no dia seguinte, encontrou “a residência em completa reforma, quando o pedreiro deu uma localização, ainda que parca, de onde encontrar o requerido”.

Somente após dirigir-se a um endereço na Avenida Weimar Gonçalves Torres o servidor do Poder Judiciário conseguiu notificar Cirilo Ramão Ruis Cardoso, que assinou a intimação para atestar ciência da decisão judicial que em 18 de março deu prazo de 15 dias para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, acerca da admissibilidade da demanda.

Comentários
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  • INSTRUTOR

    INSTRUTOR

    Faço uso das palavras da nossa amiga Sandra, logo mais abaixo, uma pessoa que coloca uma bíblia embaixo do braço, se intitula "pastor" fazendo isso, assuma seus erros, agora fica fugindo de seus compromissos para com a justiça, na minha opinião já passou da hora de tirar esses tais vereadores fora.
    Duvido se os mesmos não estão além de tudo recebendo seus proventos como parlamentar.
    ISSO É UMA VERGONHA.

  • jose maria

    jose maria

    quando o SR Jesus voltar haverá choro e ranger de dentes

  • Sandra

    Sandra

    Absurdo a atitude dessa cara. Diz que é pastor e age dessa forma? Que exemplo de cidadão está passando? Se não deve nada,apresente e se defenda dignamente. Será que ainda tem algum fiel que o admire? Está agindo puramente como político. Não honra os votos que recebeu. Meu voto ele não teve,nem nunca terá!

  • Fernando Bernardi

    Fernando Bernardi

    Como sempre a justiça falha do país insiste em conceder liberdade a bandido vagabundo. Se estava preso que continue até que tudo seja apurado.