Acusados de matar criança negam crime e são transferidos após ameaças em delegacia (assista)

Vanilson e Rosiane negam o crime do qual são acusados (Sidnei Bronka (94FM))
Vanilson e Rosiane negam o crime do qual são acusados (Sidnei Bronka (94FM))

Presos na tarde de quinta-feira (28) acusados de violentar sexualmente e espancar uma criança de três anos que não resistiu aos ferimentos e morreu, Rosiane Peixoto e o marido dela, Vanilson Espindola Argueiro, ambos de 28 anos, devem ser transferidos do 1º DP (Distrito Policial) de Dourados por questões de segurança. Eles sofreram ameaças de outros detentos.

Conforme já noticiado pela 94FM nesta manhã, ontem o Conselho Tutelar foi comunicado sobre a prática de violência contra uma criança de três anos na Aldeia Bororó. A menina, que teria sido espancada e violentada sexualmente pelos próprios tios que mantinham sua guarda legal perante a Justiça, não resistiu aos ferimentos e morreu.

Acionada, a Polícia Civil prendeu os suspeitos numa ação comandada pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. Hoje eles foram ouvidos numa audiência de custódia no Fórum de Dourados, mas logo que retornaram ao 1º DP, sofreram ameaças de morte de outros presos, revoltados com a barbárie do crime do qual são acusados. Nesse local, a reportagem da 94FM conversou rapidamente com Vanilson e Rosiane. (assista abaixo)

O homem, tio criança, disse que recebeu a guarda da menina há aproximadamente sete meses, porque sua irmã, mãe dela, passa os dias na rua, embriagada. Ele nega o crime e afirma que que os ferimentos constatados na vítima durante o atendimento que recebeu no Hospital da Vida foram decorrentes de uma queda de motocicleta. A demora em leva-la até um médico teria agravado a situação, segundo Vanilson.

Já Rosiane disse à 94FM que bateu na criança uma única vez. Embora o vídeo tenha cortado a fala final dela na rápida entrevista, o argumento apresentado pela acusada para justificar essa confessa surra foi o de que a menina era muito teimosa.

No Hospital da Vida, onde foi internada em estado grave na manhã de ontem após socorro do Conselho Tutelar, a criança teve constatados hematomas graves, mandíbula aparentemente quebrada e sinais de abuso sexual.

Os investigadores da Polícia Civil afirmam que as agressões e violências sexuais contra a criança eram praticadas, pelo menos, desde o início da semana. Ainda de acordo com os policiais, na casa dos acusados foram encontradas uma chaleira, onde a menina era queimada com água quente e uma escova de lavar roupa, usada para lavar a vítima. (Com informações de Sidnei Lemos, o repórter Bronka da 94FM)

Assista ao vídeo dos acusados:

Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.