Agosto teve dia mais quente em Dourados

Dados apurados pela Embrapa Agropecuária Oeste revelam que o mês passado foi quase 2 graus mais quente que a média histórica apurada desde 1979

Calorão mais intenso sentido em Dourados neste ano ocorreu no final de agosto (Foto: Franz Mendes)
Calorão mais intenso sentido em Dourados neste ano ocorreu no final de agosto (Foto: Franz Mendes)

Dourados enfrentou um agosto mais quente do que o normal, conforme parâmetro obtido pela Embrapa Agropecuária Oeste ao longo de 38 anos de monitoramento do clima na cidade. Com máxima de 36.7°C no dia 30, a mais elevada temperatura de 2017 até agora, e mínima de 7.6ºC no dia 21, o índice médio mensal ficou em 22,1°C, quase dois graus superior à média histórica de 20,4°C do mês.

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Os dados constam no Boletim Guia Clima escrito pelo pesquisador Carlos Ricardo Fietz e divulgado nesta semana. Segundo ele, "a média das máximas, 29,5°C, foi mais de um grau superior à normal, 28,3°C", e "a média das mínimas foi 15,3°C, um grau e meio superior à média histórica, 13,8°C".

O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste revela ainda que "em quatro dias foram registradas temperaturas inferiores a 10°C". Embora a mínima de Dourados ao longo de agosto tenha sido 7,6°C no dia 21, houve registro de 4,9°C em Amambai naquela mesma data.

Conforme o banco de dados disponibilizados pelo Guia Clima, o maior calorão que Dourados teve nos primeiros 250 dias de 2017 ocorreu às 14h41 daquele dia 30 de agosto, uma quarta-feira. Até então, a temperatura máxima apurada na cidade havia sido os 36.6ºC às 15h18 do dia 10 de março.

Através de uma estação meteorológica em atividade desde 1979, a Embrapa Agropecuária Oeste revela ainda que o dia mais quente já registrado em Dourados foi 17 de outubro de 2014, quando os termômetros atingiram 40.8ºC.

Sobre a umidade média do ar em agosto de 2017, Fietz revela que o índice chegou a 61%, 2% superior à média do mês (59%). "Houve 18 registros de níveis de umidade menores que 30% no mês, atingindo 18% em 10 de agosto", detalha, alertando que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), "níveis de umidade do ar inferiores a 30% exigem cuidados, pois podem ser prejudiciais à saúde humana".

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