Buraqueira em Dourados impressiona até campo-grandense em viagem pela cidade
Crateras no asfalto são descritas pela imprensa da capital como um nada agravável cartão de boas-vidas à cidade que já gastou R$ 8 milhões no tapa-buracos

A buraqueira que toma conta das ruas de Dourados impressiona. Se para os douradenses já acostumados com a incapacidade da prefeitura não há sequer esperanças de solução a curto prazo desse imenso problema, quem vem de fora ainda leva um susto. E tem quem enxergue “as crateras no asfalto” como um nada agravável cartão de boas-vidas à cidade em que mais de R$ 8 milhões já foram gastos no tapa-buracos desde 2017.
Mesmo sem correspondente na maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul, o jornal Correio do Estado, sediado na capital, estampa na capa de sua edição impressa desta segunda-feira (1) a matéria intitulada: “Do centro aos bairros, buracos tomam as ruas de Dourados”. Bastou que um de seus repórteres passa-se uns dias por aqui para entender que “com apenas serviços emergenciais em operação, asfalto precário é a principal queixa no município”.
“As crateras no asfalto logo na entrada da cidade dão as boas-vindas a Dourados. Os defeitos nos primeiros metros da Avenida Marcelino Pires antecipam um problema espalhado por parte do município, localizado a aproximadamente 250 quilômetros de Campo Grande”, descreve o jornalista Jones Mário no primeiro parágrafo de seu texto.

Vinda de Campo Grande, a equipe jornalística também composta pelo repórter fotográfico Valdenir Rezende não só apurou, mas sofreu na pele a dificuldade que douradenses têm diariamente para trafegar pela cidade. Após flagrar crateras em diversas ruas, usaram o caso da Rua Vereador Aguiar de Souza, no Bairro Santo André, para ilustrar o incômodo manifestado pela população local.
Nessa localidade, conforme noticiado pelo Correio do Estado, “o aposentado João Coffani, 79 anos, apostou no bom humor para chamar a atenção para o buraco em frente à sua casa”. “Sustentada por um cabo de vassoura, a placa escrita com caneta piloto em um pedaço de madeira brinca: ‘Pesca Proibida. Lagoa funda’, em referência à água acumulada na abertura”, descreve a matéria.
Noticiado à exaustão pela imprensa douradense, o caos da buraqueira nas ruas de Dourados persiste mesmo com os mais de R$ 8 milhões gastos pela gestão da prefeita Délia Razuk (PR), iniciada em 1º de janeiro de 2017. Desde então, a prefeitura já firmou contrato via dispensa de licitação investigada pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) e torrou R$ 5 milhões repassados pelo governo estadual.