Caminhoneiros de Dourados garantem que protesto segue e criticam Temer

Manifestantes reunidos no Trevo da Bandeira afirmaram que vão manter bloqueio de rodovias mesmo com ordem do presidente para ação das Forças Armadas

Caminhoneiros de Dourados dizem que manifestação segue firme (Foto: Eliel Oliveira)
Caminhoneiros de Dourados dizem que manifestação segue firme (Foto: Eliel Oliveira)

Caminhoneiros que encampam em Dourados o protesto nacional contra os aumentos nos preços do óleo diesel garantiram na tarde desta sexta-feira (25) que a manifestação segue firme. Reunidos no Trevo da Bandeira, criticaram a decisão do presidente Michel Temer (MDB), que anunciou no início da tarde o uso das Forças Armadas para desobstruir vias bloqueadas pelo Brasil.

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“É uma vergonha um presidente que nós temos falar em usar o Exército para combater nós. Nós não queremos guerra, queremos nosso direito de viver”, afirmou um dos manifestantes nesta tarde, entrevistado por Marçal Filho ao vivo na programação da 94FM.

“Que governo é esse para mandar o Exército combater nossa nação?”, questionou o caminhoneiro, que disse receber via e-mail informações sobre as negociações com o governo federal de colegas que estão em Brasília.


Questionado se o movimento continua em Dourados, ele perguntou aos demais manifestantes: “Querem sair pro Brasil cair ou ficar para o Brasil levantar?”. Em coro, os caminhoneiros garantiram que o protesto segue firme na cidade.

Na quinta-feira (24), o governo federal chegou a anunciar um acordo com representantes dos caminhoneiros. A informação oficial indicava que o protesto seria suspenso por 15 dias. Contudo, as manifestações foram mantidas em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Mato Grosso do Sul.

Até ontem, a reportagem da 94FM foi informada que dentro de Dourados haviam aproximadamente 800 caminhões parados e mais 300 nos locais de bloqueio.


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