Creche André Luiz volta às aulas dia 5
Entidade filantrópica atende em período integral e poderá iniciar ano letivo dez dias antes das demais da Rede Municipal de Ensino

A Creche André Luiz, localizada na Rua Wlademiro do Amaral, número 225, na Vila Amaral, dará início ao ano letivo de 2018 já a partir de 5 de fevereiro. Embora a Prefeitura de Dourados tenha orientado as instituições conveniadas a retomarem as aulas dia 15 do próximo mês, a entidade filantrópica que atende em tempo integral manterá seu calendário próprio.
"Hoje já começamos a trabalhar com todos os funcionários e já está tudo pronto para começar as aulas já dia 5", informou à 94FM na tarde desta quinta-feira (25) Josephina Fernandes Capilé, fundadora da Creche André Luiz.
Aos 81 anos, ela mantém a mesma preocupação que sempre teve no atendimento às crianças do município. Embora o convênio com a administração municipal só custeie meio período de atividades, a creche inaugurada no dia 27 de dezembro de 1980 - por dona Josephina e seu esposo Flamarion Capilé (in memorian) oferta ensino em tempo integral com material pedagógico próprio. "A Prefeitura paga só meio período, mas os pais ajudam a complementar", explica Josephina.
Para este ano, são 250 crianças matriculadas. Além das diversas atividades - aulas de artes, inglês, capoeira, entre outras - que ao longo de quase quatro décadas têm formado estudantes extremamente bem preparados para o ensino básico, será acrescentado o espanhol para alunos do pré-escolar.
Com essa estrutura, a Creche André Luiz poderá dar início ao ano letivo de 2018 dez dias antes do previsto para toda Rede Municipal de Ensino. Desde 1981, quando começou a funcionar, essa entidade forma turmas de crianças alfabetizadas e prontas para ingresso no Ensino Básico.
"Eu exijo que ensinem a criança, porque a mãe não tem tempo. Nós passamos o dia todo com eles aqui então eu exijo que vá para a sala de aula para aprender mesmo", afirma dona Josephina. Como resultado de toda essa disciplina, ela garante que ex-alunos da Creche André Luiz "não dão trabalho na escola". O único problema neste sentido é outro. "Acontece da criança que já se formou na creche não querer ir para a escola porque prefere ficar aqui. Daí os primeiros dias de aula são de choro, mas o pai e a mãe trazem aqui para conversar com a vó e eu explico que tem que estudar e que pode vir me visitar quando quiser. Daí eles vão tranquilos", conta, orgulhosa dos resultados que obtém nesse trabalho feito com amor e dedicação.