Embrapa indica que Dourados já teve dias mais quentes do que os recentes este ano

Maior calor deste ano não ocorreu neste dezembro, mesmo com máximas superiores a 35 graus, no caso desta quinta-feira (20), e a sensação térmica de 38ºC apurada na segunda-feira

Março e setembro tiveram dias mais quentes de 2018 em Dourados, ate agora (Foto: Eliel Oliveira)
Março e setembro tiveram dias mais quentes de 2018 em Dourados, ate agora (Foto: Eliel Oliveira)

As altas temperaturas registradas nos dias recentes em Dourados têm castigado quem mora ou está de passagem pela cidade. Mas a 94FM apurou no banco de dados da Embrapa Agropecuária Oeste que o maior calor deste ano não ocorreu neste dezembro, mesmo com máximas superiores a 35 graus, no caso desta quinta-feira (20), e a sensação térmica de 38ºC apurada na segunda-feira (17). 

Atualizado com dados da estação agrometeorológica em atividade desde 1979 no município, o Boletim Guia Clima revela que março e setembro tiveram os dias mais quentes de 2018 na maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul, até agora.

Às 14h50 do dia 23 de setembro os termômetros apuraram 36.5ºC. E 36.4ºC às 12h37 do dia 24 daquele mesmo mês. A título de comparação, nos dois meses recentes, outubro e dezembro, a mais elevada temperatura registrada em Dourados foi de 36ºc às 14h07 do dia 18 de outubro.

Mas o banco de dados da Embrapa Agropecuária Oeste tem mais revelações. Embora com temperaturas um pouco menores às de setembro, março teve o que pode-se dizer como dias efetivamente mais quentes deste ano.

Os termômetros apuraram máxima de 35ºC dia 15, 35.1ºC dia 24, 35.4ºC dia 4, 35.6ºC dia 17 e 36.0ºC dia 19 de março. Contudo, a sensação térmica, ou seja, o calor aparente, calculado a partir do conjunto de temperaturas altas e da umidade do ar, teve seus ápices naquele mesmo mês.

Às 13h45 do dia 13 e às 13h15 do dia 14 de março a sensação térmica atingiu 39.9ºC em Dourados. Segundo a Embrapa, esse calorão apurado é classificado como de “muita atenção” numa escala de riscos à saúde humana. Entre 41,1ºC e 54ºC, a temperatura aparente é classificada como de “perigo” e acima de 54ºC “perigo extremo”.

“O calor excessivo, além de provocar desconforto térmico, pode afetar o desempenho e o comportamento das pessoas, causando mal-estar, inquietações e perda de concentração”, detalha a Embrapa Agropecuária Oeste, que informa medir a sensação térmica pela Temperatura Aparente ou índice de calor “devido ao efeito conjunto de temperaturas altas e da umidade do ar”. “O nível de risco à saúde humana é avaliado com base no critério da NOAA's National Weather Service Office dos Estados Unidos”, pontua.


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