Gaeco prende oito pessoas em operação que investiga irregularidades na venda de gás de cozinha

O principal alvo dos envolvidos era em elevar os valores dos botijões para ganhar mais dos comerciantes e deixar os consumidores em prejuízo.

  • Karol Chicoski

A operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), batizada de Laissez-Faire, deflagrada na manhã de ontem (27), em Dourados e em Nova Andradina, resultou em oito prisões preventivas, 15 mandados de busca e sete estabelecimentos investigados. A operação tem o objetivo ao combate ao cartel de gás de cozinha (GLP) comercializado em Mato Grosso do Sul.

Durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde de ontem na promotoria de Justiça de Dourados, o promotor de Justiça Etéocles Brito Mendonça Dias Júnior explicou que as investigações começaram quando um comerciante fez a denúncia no Ministério Público. Ele explicou ainda que várias empresas estão envolvidas e, que o preço do produto ao consumidor era todo combinado.

Já a promotora chefe do Gaeco, Cláudia Almirão, informou que durante as investigações foi descoberto que envolvidos visavam que o preço do gás de cozinha deveria chegar a R$ 90 em Dourados até o início do inverno. O principal alvo dos envolvidos era em elevar os valores dos botijões para ganhar mais dos comerciantes e deixar os consumidores em prejuízo.

Não foram informados mais detalhes, como os nomes dos empresários e empresas envolvidos, já que a investigação está em segredo de Justiça.

Os mandados de busca foram realizados nas residências e nas empresas dos investigados, as quais atuam no ramo de revenda de gás de cozinha GLP. As companhias distribuidoras do gás de cozinha também serão chamadas para que possam dar explicações sobre seus códigos de conduta e como procedem para banir as irregularidades.

Conforme o Gaeco, as investigações apontaram fortes indícios de atuação dos investigados em formação de cartel para comercialização de gás GLP, inclusive com combinação fraudulenta de preço, venda clandestina do produto a terceiros não habilitados para a comercialização e controle do mercado, em flagrante prejuízo ao consumidor final.

*Laissez-faire é expressão escrita em francês que simboliza o liberalismo econômico, na versão mais pura de capitalismo de que o mercado deve funcionar livremente, sem interferência, apenas com regulamentos suficientes para proteger os direitos de propriedade.


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