Grupo de estudantes evita protesto e segue a pé para universidade em Dourados; vídeo

Como os ônibus foram proibidos de passar, os estudantes que não participaram do ato seguiram a pé para a UFGD.

  • Karol Chicoski
Manifestantes evitam protesto - Reprodução/vídeo 94FM
Manifestantes evitam protesto - Reprodução/vídeo 94FM

Um grupo de estudantes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) evitou participar do protesto que ocorre na manhã desta quinta-feira (30) na Avenida Guaicurus, próximo do quartel-geral do Exército, contra o corte de verbas para a educação.

Em um vídeo que a reportagem 94FM registrou (assista abaixo), é possível ver alunos passando pelo protesto, onde tem aproximadamente 50 pessoas, e indo em direção à universidade. Como os ônibus foram proibidos de passar, os estudantes que não participaram do ato seguiram a pé para a UFGD.

Algumas das pessoas que estão na rodovia usam camisetas no rosto. Durante o ato, os manifestantes colocaram fogo em pedaços de madeira, galhos e em pneus. Por causa disso, o Corpo de Bombeiros precisou se deslocar até o local e apagar as chamas. 

No local ainda têm galhos, pneus e troncos de árvores bloqueando a passagem dos veículos. 

Vídeo mostra estudantes passando pelo protesto e indo em direção à universidade a pé - vídeo: Sidnei Bronka

O protesto está acontecendo na via que liga Dourados à UFGD, na MS-162. Apesar do bloqueio na pista, o trafego está liberado, já que a Polícia Militar conseguiu fazer um desvio na rodovia para os motoristas que quiserem passar pelo local.

Conforme informações apuradas pela reportagem da 94FM, os estudantes tomaram café na via e estão gritando palavras de ordem. A previsão é que eles fiquem até as 10h.

Aprovação da paralisação

A paralisação foi aprovada no dia 27 de maio durante Assembleia Geral Extraordinária do Sintef (Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais).

As manifestações de hoje, que ocorrem em todo o Brasil, têm apoio da CUT e entidades filiadas.

Estudantes participando do protesto - Foto: Sidnei Bronka
Estudantes participando do protesto - Foto: Sidnei Bronka

Entenda o corte de gastos na educação

No mês de abril, o Ministério da Educação bloqueou parte de recursos das 63 universidades e dos 38 institutos federais, o que dá um total de 24,84% dos gastos não obrigatórios e 3,43% do orçamento total das federais. O corte, de acordo com o Governo Federal, foi aplicado sobre gastos não obrigatórios, como água, luz, terceirizados, obras e realização de pesquisas. Já as despesas obrigatórias (86,17%), como como salários e aposentadorias, não foram afetadas.

A medida, conforme o ministro interino da Economia, Marcelo Guaranys, precisou ser tomada porque a arrecadação de impostos está menor do que o previsto; porém, o dinheiro pode voltar às universidades caso ela suba. O bloqueio de verbas, que se chama contingenciamento, já foi aplicado em outros anos.

Comentários
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  • Rodolfo braga

    Rodolfo braga

    Estudante que faz greve geralmente não quer formar. Quase sempre

  • Odps

    Odps

    Que fiasco...

  • Hosana

    Hosana

    Parabéns aos que tem coragem de lutar, diante das dificuldades que enfrentam! Parabéns aos jovens corajosos!! A luta pela educação vale a pena, o pais é de todos!

  • Margareth Marques

    Margareth Marques

    Engraçado que alguns estão com a cara coberta isso é medo, que descubram que só tem baderneiros? A passeata do dia 26 foi totalmente de cara limpa.

  • Eugenio

    Eugenio

    Se é estudante pra que cobrir o rosto?

  • Kriis

    Kriis

    Boa luta, mas queimar pneus para qm são a favor da biodiversidade é meio contraditório e crime 😒

  • José Humberto Carvalho Marinho

    José Humberto Carvalho Marinho

    Existe uma diferença gritante, entre a coisa certa, e a coisa tendenciosa, política e sem objetivo. É só ver o comportamento dos participantes nos dois acontecimentos. Burricada de manobra.

  • José Manoel de Lima

    José Manoel de Lima

    Parabéns aos estudantes que não se deixaram serem feitos "massa de manobra".
    Parabéns os que não ficam na reclamação antes contribuem participando das aulas

  • joseschneider

    joseschneider

    É muito engraçado essa justiça, se fosse os caminhoneiros a policia rodoviária federal faria desobstrução de via pública, qual é o problema com essa gente querem o Lula Livre.

  • Marione Torres

    Marione Torres

    PARABÉNS aos universitários que frequentam as aulas e realmente valorizam todo o sacrifício que fizeram na época do vestibular.Sucesso !!!!!