Homem de 63 anos não aguenta mais trabalhar e pede ajuda

Em decorrência de uma hérnia na virilha e problemas na coluna, Ademar Ferreira não tem mais como garantir o sustento da família

  • Alexandre Duarte

O diarista Ademar Ferreira de Freitas, de 63 anos, está passando por sérias dificuldades financeiras em decorrências de problemas de saúde. Ele conta que trabalhava com uma carroça, puxada por um cavalo, com a qual fazia pequenos fretes e recolhia ferros e madeira para revender, porém, nos últimos anos, uma hérnia na região da virilha e fortes dores na coluna o impedem de continuar com a atividade. Ele e a esposa vivem atualmente no bairro Dioclécio Artuzi, em Dourados-MS.

Freitas conta que trabalha como carroceiro há aproximadamente 20 anos, mas antes ganhava a vida como peão de fazenda. Ele relata que nunca trabalhou registrado e não sabia que os autônomos também devem contribuir com a previdência social. Por esse motivo, ele explica que teve o pedido de auxílio doença negado pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Ele contou também que durante a perícia do INSS, foi submetido a diversos testes físicos que o fizeram ficar de cama por quase uma semana. “A médica me torceu todo, doia muito. Depois da perícia fiquei vários dias sem conseguir me mexer direito. Mesmo assim, com esse sofrimento todo, tive o pedido de auxílio doença negado”, explicou.

O senhor de 63 anos disse que aguarda há mais de oito meses por uma cirurgia para a hérnia que tem na virilha. “Já tentei várias vezes e não consigo essa cirurgia. Se eu conseguisse pelo menos isso já iria amenizar a minha situação. Com essa hérnia eu tenho muita dificuldade para me mexer e não consigo carregar nenhum peso, e sem carregar peso eu não posso trabalhar”, reclamou.

Renda famíliar

A esposa, Vanessa Aparecida, 31 anos, conta que há alguns anos o marido conseguia ganhar cerca de R$ 1.000,00 por mês, o que era suficiente para custear as necessidades da família. “Hoje em dia, por causa dos problemas de saúde, ele não consegue mais trabalhar. Estamos vivendo com R$ 70,00 por mês do Bolsa Família e estamos contando com todo tipo de ajuda. Não poder nem comprar os remédios dos meu marido, que custam cerca de R$ 150,00 por mês”, lamentou.

Cavalo esfaqueado

Freitas contou que no início do ano o cavalo com o qual trabalhava foi esfaqueado por criminosos. “Fui pegar o animal de manhã e vi que estava todo machucado, tinha um buraco grande na barriga dele que cabia a minha mão. Felizmente um veterinário me ajudou e o bicho conseguiu sarar, mas isso demorou bastante”, complementou.

Enquanto o animal se recuperava dos ferimentos, Freitas pegou um cavalo emprestado de um amigo, para tentar trabalhar e ganhar algum dinheiro, mas parece que a sorte não estava ao seu lado e cavalo acabou morrendo. “O bicho era velho, não tinham nem dentes e era muito arisco. O veterinário disse que foi morte súbita. Mas como era emprestado eu vou ter que pegar. O dono do cavalo comprou outro animal e eu agora devo R$ 1.000,00 para ele, mas não tenho como pagar esse dinheiro”, disse.

Casa incendiada

Além do incidente com o cavalo, o casal também sofreu outro revés. Antes de residirem no Dioclédio Artuzi, moravam em um barraco na Cohab II, mas um incêndio criminoso queimou tudo o que tinham. “Ficamos sem nada, queimou tudo. Viemos morar aqui no bairro sem nada. O caso já está na justiça, vamos ver se conseguimos reaver alguma coisa. Outro problema é que não temos dinheiro nem para pagar a prestação da casa”, contou Vanessa.

Doações

Quem puder oferecer alguma contribuição ao casal, pode entrar em contato através do telefone 9629-7443 (Vivo).