Imam chama CCZ para vacinar capivaras de Dourados e prevenir febre maculosa

Apesar da solicitação, Centro de Controle de Zoonoses negou apoio por falta de estrutura e material para execução da atividade

Capivaras que vivem no Parque Arnulpho Fioravante foram flagradas no centro da cidade em 2017 (Foto: Reprodução/Facebook)
Capivaras que vivem no Parque Arnulpho Fioravante foram flagradas no centro da cidade em 2017 (Foto: Reprodução/Facebook)

O Imam (Instituto de Meio Ambiente) de Dourados propôs parceria com o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) para elaboração de um estudo da saúde animal das capivaras existentes nos parques municipais e possível imunização com objetivo de evitar uma infestação de carrapatos que possam transmitir a febre maculosa.

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Essa informação foi prestada aos membros do Comdam (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) pelo presidente, Fábio Luís da Silva, durante a 7ª reunião ordinária. Realizada em 14 de agosto, ela teve sua ata publicada na edição desta terça-feira (1) do Diário Oficial do Município.

Esse trabalho conjunto foi solicitado pelo próprio conselho, através de ofício. Mas o Imam informou ter recebido uma negativa do CCZ, por meio da Comunicação Interna número 122/2019, que foi lida na reunião.

No documento, o Centro de Controle de Zoonoses declarou que “por atribuição institucional, e de encontro com a própria nomenclatura do órgão, foi criado para atuação no controle específico de doenças transmissíveis aos seres humanos por animais domésticos, [...] não havendo dessa forma no CCZ, estrutura e material que possibilite a execução da atividade solicitada, junto a animais silvestres, ainda que esses estejam em âmbito urbano”.


Em julho de 2017, reportagem do G1MS citou informação do próprio Imam, órgão segundo qual somente no Parque Arnulpho Fioravanti, ao lado do shopping da cidade, havia uma população estimada de 100 capivaras.

“Sem predadores naturais e com capacidade de reproduzir duas vezes por ano até 8 filhotes, as capivaras que vivem no, em Dourados, no sul de Mato Grosso do Sul, passaram de simples moradoras a motivo de preocupação”, detalhava a publicação.

Já naquela oportunidade, além dos riscos de acidentes causados por animais nas ruas, a PMA (Polícia Militar Ambiental) alertava para a presença do carrapato estrela nas capivaras. “Se pegar o ser humano, pode contaminar com a febre maculosa. Mas devido à quantidade de espaço aqui, e as pessoas não frequentam muito, não tivemos nenhum caso", esclareceu Hamilton Monteiro na ocasião. 

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