Juiz decreta prisão de casal por tiros durante festa com morte em Dourados

Denúncia indica que acusado costumava ir armado nas festas e disparar a esmo, enquanto sua namorada o incentivava a "meter bala em todo mundo"

  • André Bento e Sidnei Bronka
Ailton Ciliberto de Almeida morreu após ser baleado na cabeça (Foto: Reprodução/Facebook)
Ailton Ciliberto de Almeida morreu após ser baleado na cabeça (Foto: Reprodução/Facebook)

O juiz Eguiliell Ricardo da Silva, da 1ª Vara Criminal de Dourados, determinou a prisão preventiva de um casal acusado de efetuar disparos de arma de fogo durante uma festa terminou com morte na cidade. O crime aconteceu na madrugada do dia 29 de julho de 2018 em um salão na BR-463. Na ocasião, Ailton Ciliberto de Almeida, de 24 anos, conhecido por “Ailton Dentyn”, foi assassinado com um tiro na cabeça.

Em decisão proferida dia 8 de janeiro, o magistrado recebeu a denúncia de homicídio simples, oferecida pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual), e determinou que Cleberson Garcia de Oliveira, vulgo "Clebinho", de 28 anos, e Larissa de Souza Canello, conhecida como "Larissão", de 26 anos, sejam presos preventivamente “como forma de garantia da ordem pública, bem como para conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal”.

Segundo o juiz, “a forma como foram cometidos os crimes de homicídio e tentativa de homicídio gera grande comoção e clamor público da sociedade local, tendo em vista que os acusados teriam efetuado diversos disparos de arma de fogo no interior de uma boate (Clube Social), onde ocorria uma festa com grande número de pessoas, gerando assim perigo comum, o que acarretou o óbito da vítima Ailton Gilberto de Almeida, evidenciando a inegável periculosidade social dos denunciados e demonstra a gravidade concreta de suas condutas”.

“Ademais, os elementos dos autos evidenciaram que o denunciado Cleberson apresenta conduta agressiva e antissocial, havendo relatos que ele andava armado quando comparecia à festas e costumava efetuar disparos de arma de fogo, e quanto à denunciada Larissa, sua conduta também evidencia periculosidade, eis que ela teria incentivado o denunciado Cleberson (seu namorado) ‘a meter bala em todo mundo’, com a arma de fogo que teria ocultado em sua bolsa”, acrescentou o magistrado.

Além disso, o titular da 1ª Vara Criminal de Dourados pontuou que “a custódia cautelar se justifica para a conveniência da instrução criminal, eis que ambos os representados ostentam periculosidade para atemorizaras testemunhas, como já verificado no curso das investigações, e ainda garantia da aplicação da lei penal, tendo em vista que os acusados poderão evadir-se, fato este inclusive revelado pela acusada Larissa em seu depoimento”.

Conforme revelado pela 94FM à época do crime, por volta das 2h30 daquele dia 29 de julho, um domingo, Ailton estava com amigos em um salão de festas às margens da BR-463, na saída de Dourados para Ponta Porã, e no local um homem sacou de uma arma de fogo e começou a realizar “disparos a esmo”, sendo que um dos tiros atingiu a cabeça da vítima.

O jovem chegou a ser socorrido por amigos e levado ao Hospital da Vida, mas, chegou morto. A Polícia Militar esteve no local da festa para levantar mais informações do crime, mas o salão já estava fechado. A Polícia Civil passou a investigar o caso.


Comentários
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    Q a justiça seja feita! sdds eterna Dentim S2