Juiz decreta prisão preventiva de jovem que estrangulou vítima em Dourados

Magistrado também recebeu denúncia oferecida pelo MPE contra autor do latrocínio e a amiga da vítima, que teria cometido fraude processual

Após ser estrangulada, vítima levou socos e foi asfixiada com travesseiro (Foto: Sidnei Bronka/Arquivo)
Após ser estrangulada, vítima levou socos e foi asfixiada com travesseiro (Foto: Sidnei Bronka/Arquivo)

O juiz Luiz Alberto de Moura Filho, da 1ª Vara Criminal de Dourados, decretou a prisão preventiva de Rodrigo de Souza Martines, de 28 anos, preso desde o final do mês passado por matar Maiara Freitas Mattoso, de 21 anos. A vítima foi estrangulada, agredida a socos no rosto e posteriormente asfixiada com um travesseiro na noite de 22 de setembro, durante um programa sexual em sua residência, no Jardim Pelicano. 

Em despacho proferido na quarta-feira (24), o magistrado também recebeu a denúncia de roubo majorado - além de matar, Rodrigo levou R$ 500,00 e dois aparelhos de telefonia celular da vítima - oferecida pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual).

O juiz considerou haver “indícios de cometimento de delito” conforme termo do auto de prisão em flagrante, depoimentos, interrogatórios, autos de exibição e apreensão, laudo preliminar de, auto de reconhecimento fotográfico, laudo de exame de corpo de delito, termos de entrega e exame em local de morte violenta.

CRIME GRAVE

Rodrigo de Souza Martines foi preso em 28 de setembro e confessou crime (Foto: Sidnei Bronka)
Rodrigo de Souza Martines foi preso em 28 de setembro e confessou crime (Foto: Sidnei Bronka)


Rodrigo foi preso pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil na manhã de 28 de setembro, em Itaporã. Agora, sua prisão foi convertida de temporária para preventiva, sem prazo pré-estabelecido para acabar.

“O crime de latrocínio é grave. No presente caso a violência empregada pelo acusado levou à morte da vítima. Ademais, há informação deque Rodrigo planejava empreender fuga do distrito da culpa. Nessa conjuntura, por consequência, a medida de prisão preventiva será conveniente para instrução criminal, que evitará ameaças às testemunhas, e servirá para assegurar a aplicação da lei penal, evitando inclusive a fuga do acusado. Outrossim, o denunciado é reincidente, possui condenação com trânsito em julgado pelo crime de furto, conforme antecedentes. Assim, faz-se necessária a segregação cautelar do réu também para garantia da ordem pública”, ponderou o juiz.

AMIGA DA VÍTIMA

Maiara Freitas Mattoso morreu após ser estrangulada, agredida a socos e asfixiada com travesseiro (Foto: Reprodução)
Maiara Freitas Mattoso morreu após ser estrangulada, agredida a socos e asfixiada com travesseiro (Foto: Reprodução)
Oferecida na segunda-feira (22) pelo promotor Claudio Rogério Ferreira Gomes, da 5ª Promotoria de Justiça de Dourados, a denúncia também tem como alvo Giovana Franco Dias, de 25 anos, amiga da vítima que chegou a ser presa por suspeita de tráfico de drogas e de alterar a cena onde houve o homicídio. Solta por decisão judicial contestada pelo MPE, ela agora é acusada de fraude processual. 

De acordo com a denúncia, “Giovana apresentou várias contradições no momento em que era entrevistada, tendo, por fim, confessado que escondeu os aparelhos de telefone celular da vítima Maiara, caracterizando, dessa forma, conduta apta a modificar a cena do crime, já que deveria aguardar a perícia técnica que compareceria ao local”.

No despacho de quarta-feira, o magistrado determinou ainda a citação dos acusados para responderem por escrito a acusação em 10 dias, “quando poderão arguir preliminares, tudo que interessa à defesa, oferecer documentos, justificações, especificar provas e arrolar testemunhas”. Caso apresentem a defesa nesse prazo, eles terão nomeada a Defensoria Pública para representar os interesses dos réus no processo.


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